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terça-feira, 1 de junho de 2010

Lado A ou lado B

Desisti de achar ou pelo menos de tentar caber na intercessão. Resta saber em qual lado eu vou parar...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Não sabe brincar...

Eu sei que o meu telefonema soou estranho. Depois da nossa ultima conversa, eu te ligar no início da noite, em um dia de semana, horário que sei que você está trabalhando... Ainda mais pra perguntar algo tão banal como o nome de um restaurante.

Eu sei, também, que você sacou que aquele não era o real motivo do telefonema. O seu silêncio não seguido de uma despedida ao dar-me a resposta deixou isso claro. Quem se apressou dando a desculpa que tinha um guarda no cruzamento à frente fui eu.

Eu tava, pra variar, com o iPod no shuffle quando começou a tocar uma música do Leoni. O refrão dizia “porque eles nunca tiveram nem vão ter nada como eu você”. Essa música nunca foi nossa, e acho pouco provável, até, que você a conheça, mas aquilo na hora me fez todo o sentido do mundo e eu queria te falar isso.

Fiquei com vergonha, sabe como é, música de garotinha... Mas já diria o Lulu, o rei do pop de amor, que “as canções mais tolas, tendo seus defeitos, sabem diagnosticar o que vai no peito”.

Mas quando eu ouvi o “Oi” do outro lado da linha a coragem de falar de Lulu e Leoni evaporaram e tudo que me veio a mente foi te perguntar o nome daquele restaurante. Restaurante esse que eu não tenho a menor intenção de ir.

E, quer saber? A própria música do Leoni era uma desculpa. Eu queria mesmo era dizer que eu achei a resposta para algumas das suas perguntas. O negócio é o seguinte... Eu desci pro play e não sabia brincar. Achei que ia te enganar, afinal todos os jogos de pique são iguais, mas a brincadeira que você propôs era mais complicada, tinha muitas nuances e o risco, caso eu perdesse, me parecia muito alto.

Agora não tem mais como eu pegar o elevador e voltar pra segurança do meu casulo. Agora eu já fui apresentada às regras da brincadeira... Ainda da tempo de sugerir esconde-esconde?

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Carta 2 - 1997 - 11 anos

Rio de Janeiro, 1 de fevereiro de 1997.

Bom, tem um bom tempo desde que nos falamos pela última vez. Como você viu a alfabetização foi um sucesso, os óculos não atrapalharam sua popularidade infantil e seus primos continuam morando longe.
Este ano começa o ginásio! É normal estar come medo da 5ª série. Sai de cena aquela professora super maternal e entra o esquema de um professor pra cada matéria... sai ciências e entra biologia, sai estudos sociais e entra geografia... Mas permita-me dizer que tirando natação, que mais uma vez vai ser a nota mais baixa do seu boletim, você não tem com o que se preocupar no quesito acadêmico.
E, como todos que fazem parte deste recanto irlandês disfarçado de escola, a 5ª série quer dizer apenas uma coisa: acampamento! Tem tantos anos que você sonha com este fim de semana de acampamento que nem dá pra acreditar que ele está tão próximo. Escolher as companheiras de cabana, as roupas, fazer fogueira... Olha, a expectativa foi valida porque, falando aqui do futuro eu te digo, até hoje, quando a turma se encontra, este é um dos assuntos mais frequentes
Ainda na escola vai rolar um grande racha entre as meninas da 5ªA e as da 5ªB. Elas, muito maduras, preferirão passar os recreios dançando Spice Girls, já vocês, ainda mais infantis, dançando Chiquititas. A verdade é que você queria poder dançar as duas coisas, mas se é pra tomar um lado, que seja o das suas amigas. A briga vai tomar proporções tão grandes que as duas turmas se apresentarão no teatro da escola para uma votação popular. Mas não precisa arregalar esses olhos não, vocês vão levar a melhor...
E se é para falar sobre dança... No Ballet as coisas vão estar cada vez melhores. Mais uma vez você será convidada para participar de coreografia nas outras turmas e eu te conto mais uma coisinha se você prometer não surtar. Promete? Então, quase nas vésperas da estréia do show você e mais algumas meninas serão convidadas para fazer a abertura do espetáculo. Sensacional, né? Até que para uma gordinha, de óculos e aparelho nos dentes você está se saindo bem.
Você hoje pode achar que o ballet é apenas mais uma atividade extra curricular, mas dentro de alguns anos você vai perceber o quanto ele está te ensinando. Sem que você perceba, ele está te mostrando como ser uma competidora leal, a não deixar que limitações físicas te digam até onde você pode ir e, mais sério ainda, está te ensinando quão nojento pode ser o nepotismo. Tudo isso vestindo collant e sapatilhas... quem diria!
O fim do ano se aproxima e com ele uma decisão difícil. Será que chegou a hora de mudar de escola? Nossa, você está tão confusa! Não consegue imaginar a vida longe deste paraíso que você chama de escola, mas o horário estendido dificulta que você possa se dedicar mais as suas outras atividades.
E olha, já te digo uma coisa, nem adianta tentar se sabotar na prova pra escola nova... em 1998 os 10 anos passados neste pedacinho da Irlanda perdido no meio do Rio de Janeiro virarão lembranças. E das mais doces que você vai ter. Presente de despedida? Claro que vai ter, as professoras de artes e de Educação física te chamarão para ajudar a montar a festa de fim de ano da escola... você e uma menina do grupo das Spice Girls...
Olha, com você prestes a entrar na adolescência tem muita mudança acontecendo, então eu prometo não demorar a escrever de novo.
Até,
Eu.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Carta 1 - 1991 - 5 anos

Rio de Janeiro, 1 de fevereiro de 1991.

Oi Pequena, tudo bom?
Nossa você está com 5 anos!
Que fase deliciosa! Mas, permita-me dizer uma coisa: prepare-se para um ano e tanto!
Já já as aulas começam e este ano vai ser bem diferente dos anteriores. Você vai aprender a ler e a escrever! Você ainda não sabe, mas isso vai ser uma das coisas mais importantes da sua vida!
No começo vai parecer meio injusto, porque enquanto o nome de coleguinhas como André e Pedro começam com letras fáceis de fazer o seu começa com o rebuscado “J”. Letra cursiva é difícil mesmo, mas você vai pegar rápido.
As férias de meio de ano te trarão um desafio e tanto. Você vai precisar colocar óculos. Eu até entendo esse seu desespero inicial. Afinal, você entrou de férias sendo a líder da turminha do areal e pode voltar sendo a quatro olhos que todo mundo implica. Ah, Pequena, você ficaria orgulhosa de você mesma se soubesse como você vai se sair bem dessa situação. Você vai conseguir convencer toda a turminha que os óculos te dão super poderes e vai subir ainda mais na hierarquia do areal.
Poxa, tão cedo e você já está com o coração apertado? Saudades, né? Te apresentaram a isso cedo demais! Já vai fazer um ano que seus primos se mudaram para o velho continente... Você sente falta deles no ônibus da escola, no recreio, no condomínio nos almoços de domingo. Ah, se eu pudesse te alertar! Eu sei que o plano é que este sentimento termine no ano que vem, mas pra que apenas um deles voltasse pra casa demorou 15 anos! Acostumar com essa saudade você nunca vai se acostumar, porém você e seus primos desenvolverão, mesmo a distância, uma linda relação.
Ih, que perigo! Os primeiros sinais de ciúmes! O que são essas lágrimas nos seus olhos pouco antes do seu aniversário de 6 anos? Tsc, tsc tsc... Você está dizendo que prefere não fazer festinha de aniversário porque seus avós vão estar longe, visitando seus primos e que aniversário sem o bolo da VoInha não é aniversário! Que menina tinhosa que você é. Mas pode ficar tranqüila, sua mãe, como sempre, pensa em tudo! A VoInha antes de viajar deixou seu bolo congelado e sua festa da Pequena Sereia vai ser sucesso absoluto!
Agora vai lá pequena, vai que chegou sua vez de pular elástico.
Volto em breve.
Beijos,
Eu.

Pontapé inicial

E se a Jongleuse de hoje pudesse conversar com as diversas Jonglueuses que eu já fui durante esses 23 anos?

Sendo assim, eu dou início a série: cartas a mim mesma!

terça-feira, 21 de julho de 2009

Mascara


Recentemente tenho tido que, praticamente, reaprender a viver.

Nunca imaginei que minha vida e meus alicerces poderiam mudar tanto em tão pouco tempo.

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Só exemplificando por alto, sempre tive a família perfeita (mesmo sabendo que famílias perfeitas não existem). Aquele tipo de família que curte jantar junto quase todos os dias, que criou os primos como melhores amigos, que sabe o nome de cada um dos meus amigos, que vibra e valoriza qualquer pequena vitória no trabalho como final olímpica. Eu continuo fazendo parte dessa família, essa família continua existindo, mas essa família esta em estado de choque. A aceleração da doença do meu avô esta fazendo todo mundo sair um pouco dos eixos... Talvez ele fosse nosso eixo.

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Sempre fui a menina bem sucedida. Passei pra faculdade com 16 anos, sempre tive ótimos estágios desde o 1º período, fui efetivada antes mesmo de se formar, aos 21 anos. Continuo recebendo carinho de todos os lugares pelos quais já passei na minha curta carreira profissional. Sempre fui a menina das ciências “humanas” com a visão das ciências exatas. O agridoce, o sudoeste... Trabalho em uma grande multinacional, cuja marca é uma das mais valiosas do mundo. Faço viagens, cursos internacionais, falo em jargões que ninguém entende mas que faz todos me acharem o máximo. E quando isso tudo passa a ser mais legal pros outros do que pra você? Quando você sabe onde queria estar e tem medo de não conseguir chegar lá?

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Coisas assim, obviamente não me deixam feliz. São coisas assim que me fazem estar na toca há quase um mês. Quem vai contestar a desculpa de que estou cansada por ter, depois de um dia cheio no trabalho, passado horas na casa dos meus avós? É uma “desculpa” louvável e incontestável. Mas a verdade é que no fundo é só mais uma máscara...

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Estar sozinha e não ter aquele abraço largo e gostoso, dizendo que eu não preciso me preocupar com o programa de fim de semana, que vamos apenas ficar em casa, vendo filmes velhos e ouvindo música boa. Ficar sem ar de tanto chorar de noite e não tem no colo de quem se aninhar e se sentir protegida... não só estar sozinha, como ainda ter que ser o colo dos seus pais, tios e primos... Afinal você é a forte da família.

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Um cara que eu admiro bastante conseguiu descrever bem o que eu to tentando dizer: “Já virou clichê falar que o mal do século é a solidão. Não só a solidão em si, mas a distância entre as pessoas, os muros que criamos para nos proteger uns dos outros, as máscaras sociais, a falsidade, a dificuldade em se abrir, em compartilhar, mostrar ao mundo nossas fraquezas e necessidades. Tentamos a todo custo ser completos, perfeitos, bastantes e suficientes. Mas não fomos feitos pra isso, somos seres sociais e interdependentes, não somos independentes tampouco dependentes. Mas as pessoas não se abrem, falam sobre o tempo, sobre o nada, quando dentro do peito aquela voz grita por atenção, carinho, afeto, companhia”.

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Se eu tivesse coragem seria por tudo isso que estaria gritando agora, ao invés de responder que está tudo bem a cada vez que um amigo se aproxima querendo saber o porquê do meu sumiço, ou quando querem saber como vão os projetos no trabalho...

domingo, 28 de junho de 2009

Egoísmo

Desde pequena eu sempre disse que queria viver pelo menos 114,5 anos. Assim eu poderia ver duas viradas de século.
Comecei a mudar de opinião depois que eu vi que uma mudança de século não é algo tão legal quanto eu imaginei que fosse ser. O que me fez ter certeza que eu prefiro morrer aos 50 do que aos 114,5? Meus avós!
Não me entendam mal! Eu amo meus avós, amo demais! E eu quero que eles vivam até os 130 se for possível!
O ponto é que eu ando pensando cada vez mais que este é um pensamento egoísta.
Ver quem a gente ama ficar debilitado, fraco, se sentindo impotente e dependente... Isso não é nada bom. Mas ainda sim eu cerco meus velhinhos o máximo que posso, e faço de tudo pra eles ficarem bem.
Mas como será que eles sentem isso?
Imagine meu avô, que sempre foi o general da família, hoje precisar que um filho ou o neto lhe troque a fralda geriátrica?
Imagina uma avó que sempre foi ativa, batalhadora e independente hoje ter que passar seu dia quase inteiro sentada sentindo dor pra fazer qualquer movimento devido às artroses?
Eu não imagino. Eu estou vivendo isso.
E é difícil.
Não só conseguir ser sangue frio para fazer o que tem que ser feito ao invés de ficar pensando nessas coisas todas, como também ajudar meus pais. Pois se é barra pra mim, imagina só como não deve ser pra eles.
E no último sábado, dia do meu aniversário, enquanto meu avô operava, o único presente que eu queria é que ele ficasse bem e que ainda pudesse me encher de beijos babados muitas e muitas vezes.
Como sempre, o velho não me disse não. Ele pode estar “gagá” mas não perde a mania de me mimar e me dar sempre o que eu quero.
Mas no fundinho, eu fico me perguntando o que ele teria preferido. Morrer “no auge” ou passar por todas as coisas que ele consideraria indignas se ele estivesse lúcido o suficiente para isso?
Como sou egoísta, não dou essa chance a ele. Mas se fosse comigo... bem... aí...

domingo, 30 de novembro de 2008

Kiss me

Quando eu tinha 12 anos começou a passar aqui no Brasil Dawson’s Creek. Eu e minhas amigas amávamos o seriado. Não perdíamos por nada. Nós realmente acreditávamos que nossas vidas seriam como a de Dawson, Joey e companhia. Segunda-feira, 21h. Esse era o horário sagrado.

Os altos e baixos do seriado eram acompanhados de perto e as idéias eram trocadas com as amigas durante os intervalos, por telefone. Não dava para esperar até o dia seguinte.

A trilha de “Dawson” embalava meus sonhos adolescentes. Kiss me, a música do casal principal, ecoou milhões de vezes durante as crises de paixonite adolescente. No carnaval de 1999, então... Não sei como minha família não me expulsou de casa, ou, pelo menos, como não jogou o CD fora.

O tempo passou, o seriado terminou. A adolescência também. Recentemente assisti toda a série novamente em DVD e não pude deixar de notar que sempre que “Kiss me” tocava, surgia aquele risinho involuntário no meu rosto. É impossível não ligar essa música a toda uma época da minha vida.

Pois dia desses a adolescente que ainda vive escondida em algum lugar dentro de mim deve ter ficado feliz. Não foi com o Dawson, tão pouco foi com a paixonite 1999, mas tocou kiss me.


(Um pouquinho de Dawson’s Creek não faz mal pra ninguém... Destaque para a primeira cena – essa cena das sombras ra o máximo do romantismo na minha cabeça juvenil.).

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ser amada

Fui ao cinema com um amigo esta semana e, motivados pela história do filme, saímos discutindo sobre quais teriam sido os momentos de afeto mais pleno das nossas vidas.
Engraçado como só de pensar nos momentos em que fui muito amada eu fiquei bem. Eita praguinha gostosa!
Ele lembrou de quando ficou muito doente e ao acordar após sua primeira noite no hospital se deparou com uma fila de amigos esperando para poder dar sangue. Ele estava internado a menos de 12 horas e pessoas já tinham se mobilizado de todas as formas para que o tratamento dele pudesse continuar.
Eu lembrei do dia do enterro do meu avô. Nesse dia experimentei um amor muito forte de duas maneiras diferentes. Nunca havia perdido ninguém assim, tão próximo, e ali tive a certeza de que o tal do “amor eterno” realmente existe. Olhei triste para os meus primos menores que não puderam conviver tanto com ele e fiquei feliz por ter deixado ele ser uma parte tão presente na minha vida. O outro, foi o amor que recebi neste dia. Estavam ali amigos que sempre soube que estariam e alguns que me surpreenderam da maneira mais positiva do mundo. Foram os abraços mudos mais importantes da minha vida. Na hora me veio a certeza da frase clichê que ouvi tanto na minha infância a cada vez que assistia A Noviça Rebelde “quando Deus fecha uma porta, ele abre uma janela”.
Lembrei também de um rapaz muito especial que passou pela minha vida... Ele era uma pessoa bem fechada e avessa a demonstrações publicas de afeto, mas entre nós dois era um poço de carinho.
Nos conhecemos trabalhando juntos e, em determinado momento, eu decidi sair da empresa. Durante meu jantar de despedida vários amigos deram depoimentos sobre mim e ninguém nem ousou dar o microfone para ele. Lá pelas tantas ele levantou de fininho, pediu o microfone e disse apenas “Obrigado, Mile, por ter me ensinado a me deixar ser amado. Não sei como consegui viver tanto tempo sem a sensação do seu cafuné”.
Sabe um daqueles momentos em que você tem a certeza de que fez a diferença na vida de alguém? Hoje ele namora outra menina e quando fomos apresentadas ela disse “Ah, essa que é a Mile? A menina do porta retrato?”. Depois ele me contou que até hoje tem uma foto minha no quarto dele...
É o tipo de amor que transcende, que já foi paixão e que hoje é admiração. Esta aí uma pessoa que sabe fazer com que eu me sentia amada...

domingo, 31 de agosto de 2008

Espelho, espelho meu



Quando alguém que te conhece ouve esta música e diz que lembrou de você... que mensagem você tiraria?

domingo, 27 de abril de 2008

Destino: ?

Ando mais do que nunca querendo viajar.
Chego a dizer que eu preciso viajar...
Não o tipo de viagem comum...
Aquele tipo de viagem que dói... A viagem pra dentro de mim mesma.
Não estar no meu lugar de conforto ajudaria por isso a viagem física poderia até ajudar na viagem interior...
Porém, cada vez fica mais difícil se desvencilhar do sistema uma vez que, a cada dia que passa, você está mais inserida nele. Mesmo que você não queira.
Ou talvez queira...
E é por dúvidas como essas que eu digo que digo que preciso viajar comigo mesma. Por mim mesma. Para eu mesma.
Egoísmo?
Sobrevivência.
Quando viver a vida que você sempre sonhou só depende de você, tudo se torna extremamente mais difícil.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Shuffle

Eu tenho mais de 5 mil músicas no meu computador e tenho de um tudo.
Hoje, ao invés de escolher algo específico pra ouvir, depositei minha sorte nas mãos do shuffle.
Então, Gavin Degraw, John Mayer, Los Hermanos, Leoni, Corinne Baile Rae, Nelly Furtado, Chico Buarque, Lulu Santos, Casuarina, Norah Jones, Diogo Nogueira e outros estão aqui tocando há, mais ou menos, duas horas.
Curiosa é a sensação de que isso é mais uma metáfora para a minha vida.
Nada distinto, nada exato, nada sensato e cada hora uma coisa.
E onde isso mais se aplica é em relação aos programas de mestrado que ando analisando.
Ontem passei a tarde navegando por sites de universidades do mundo inteiro.
O problema não é encontrar bons cursos em boas universidades ou em lugares que me agradem.
O dilema era decidir o que, realmente, eu quero estudar.
Comunicação coorporativa me parece a decisão mais equilibrada, mas o desafio da gestão de riscos me parece fascinante. Isso sem dizer que o sonho me empurra para formação em escrita criativa.
Agora, me diz se eu não estou parecendo o iTunes aqui de casa?

Inversão

Sempre soube lidar bem com a situação de gostar de um cara. Sempre agi com muita naturalidade conseguindo deixar a coisa toda de forma muito discreta. Tanto que tem cara que eu duvido que saiba da asa que já arrastei por ele. Mas é tão engraçado quando o oposto acontece... não sei lidar com a situação de ter um cara gostando de mim. Quem me conhece sabe que timidez, definitivamente, não é uma característica minha... Mas se quiser me ver sem conseguir olhar no olho, com bochechas vermelhas e sorrisos nervosos, essa é uma das poucas situações.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Das grandes arrumações

Quanto sentimento é possível guardar em papéis?
Muito mais do que jamais imaginei.
Como todo encerramento de ciclo, hoje fiz faxina no meu quarto. Foi limpeza das grandes. Entulhos acumulados nos últimos 4 anos passaram pelo crivo de “lixo X mais dois anos de gaveta”.
E quanta coisa encontrei folheando as agendas dos anos anteriores, as palavras escritas nos rodapés dos cadernos, as conversar de MSN impressas...
Como é possível?
Deve ser por isso que fico tanto tempo sem fazer grandes arrumações no meu quarto, o turbilhão de emoções que encontrei ali...
Vi uma menina ansiosa e afobada que muitas vezes meteu o pé pelas mãos, vi uma profissional que mesmo engatinhando já pode se orgulhar de algumas conquistas, me deparei com um amadurecimento que já podia até ser esperado, mas que quando constatado diante do espelho chega a doer.
O quanto se pode trabalhar sem embrutecer? O quanto se pode amar sem sofrer? Por quanto tempo se pode andar sem se perder? O quanto é possível crescer sem perder de vista quem se pretende ser?
Espero que MUITO.
Na próxima faxina quero ter a certeza que não economizei no terninho, nos lenços ou na sola dos sapatos.
Quero, de novo, a sensação de que vivi!

sábado, 15 de dezembro de 2007

Dúvidas

Vira e mexe me pergunto o que é mais forte: minha vontade de amar ou minha vontade de ser livre sempre.

O ideal era poder ter os dois, mas sei que não é assim que funciona, nunca foi assim.

Não tem como negar que sou uma ávida por distribuir afeto, o dôo muito melhor do que recebo, mas quanto mais raízes se cria, menos livre se é.

E assim, volto ao meu eterno dilema....

Um dia a coleira vai pesar, mas acho que agora tenho certeza de que esse dia ainda não é hoje.

Que venha o mundo! Eu e o mundo! Eu, o mundo e meus amores!

domingo, 2 de dezembro de 2007

Wanna be Marilia Gabriela

Sabe como é... amigos recém formados em jornalismo tem sede de entrevistas... Acabei servindo de cobaia para um deles... A "entrevista" a seguir foi feita por MSN, e teve início às 3:30 da manhã... Juro que me esmerei muito na edição ;-)
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Qual o emprego dos seus sonhos?
Pra ir ainda mais longe eu respondo qual seria minha carreira dos sonhos. Eu começaria como roteirista de TV evoluiria para adaptação de espetáculos gringos e terminaria escrevendo e produzindo meus próprios musicais. Um Tommy não cairia nada mal também...

Que instrumento você gostaria de saber tocar?
Essa é fácil...
O mais charmoso deles, a gaita!

Qual a viagem dos seus sonhos?
Qualquer viagem pra mim é um sonho... Mas tem duas em particular que eu estou loca pra fazer: países nórdicos e Irlanda.

Qual o momento mais divertido que você já viveu numa festa?
Difícil... Já me diverti muito e em muitas festas...
Mas serve uma festa em São Paulo, em 2005, até o balcão do bar daquela boite tem história pra contar.

Qual a coisa que você queria muito quando era criança e nunca teve?
Fácil... culpo minha mãe até hoje por não ter me dado o castelo de Polly Pocket

O que há muitos anos você quer fazer e ainda não fez?
Pular de Bungee Jump

Que época ou momento histórico você gostaria de visitar?
Os bailes da corte européia no século XVII/XVIII. Aquele salão lotado com todas as pessoas dançando de forma coreografada, com aquelas roupas lindas e a orquestra tocando ao Vivo.

Em que ordem de importância você classifica o amor, a espiritualidade, a liberdade e a felicidade?
Complicado... Até por que acredito que a felicidade seria resultado de você saber ordenar essas coisas de forma certa... Deixando esse detalhe de lado, acho que a minha ordem seria: Liberdade, felicidade, amor e espiritualidade.

Se você fosse fazer uma tatuagem, como ela seria e em que parte do corpo?
Reposta rápida e precisa! Tatuaria emoção no pé esquerdo e razão no pé direito, ambos escritos em árabe. Representando que só é possível o equilíbrio com os dois pés no chão.

O que você preferiria: ser o pior jogador de um time campeão ou o melhor jogador de um time fracassado?
Difícil... Mesmo a equipe sendo ruim é bom saber que você é um destaque, mas em se tratando de ume esporte coletivo você não pode querer as glórias pra você. Aí, complicado... mas acho que preferia ser o pior jogador de um time campeão. Não por ser mais cômodo e sim pela possibilidade de aprender com os melhores.

Você cortaria toda a junk food da sua dieta se isso lhe garantisse mais 5 anos de vida?

Se isso incluir batata frita, jamais!

Se você pudesse superar um dos seus medos, qual seria?

O medo de sonhar mais alto do que eu realmente posso alcançar. Ou seja, insegurança quanto a decepção.

Na última vez que você chorou, qual foi o motivo?
Confesso que eu choro muito pouco... Não estou lembrando claramente o que foi... Mas a última que eu consigo lembrar foi em um episódio de House, quando ele abre mão da ex-namorada depois de mais uma amarga sessão de auto-crítica.

O que você acha que vai acontecer com você depois da morte?
Vou me decompor, ué.


Você já passou por alguma coisa ruim que acabou se revelando o melhor que poderia ter acontecido?
Definitivamente sim! Ter perdido a eleição para presidência da Empresa Júnior no final de 2005 foi um golpe duro, mas que se mostrou a melhor coisa que poderia ter me acontecido.

Se você ganhasse ingressos na primeira fila para qualquer show, quem você iria querer ver?
Posso trocar o show de música pela primeira fila da gravação de um programa do Silvio Santos? Se não puder acho que escolheria um show do Michael Jackson, nos tempos áureos, é claro... quem sabe ele não me chamava pra riscar uns passinhos com ele?

Qual a conquista da qual você mais se orgulha?
A mais recente delas... a conclusão da faculdade...

Se você tivesse a chance de fazer algo perigoso uma só vez sem correr nenhum risco, o que seria?
Nadaria na lava de um vulcão. A textura da lava sempre me encantou, deve ser muito gostoso!

Cada pessoa só tem uma alma gêmea?
Só uma? Acho que não existe nenhuma. Acredito em almas complementares, não gêmeas.

O que você mudaria na sua personalidade?
O fato de eu ser muito fechada e nem sempre permitir a aproximação das pessoas.

Que vício você se permitiria desfrutar, se pudesse evitar todos os seus efeitos negativos?
LSD! Todo mundo que eu conheço que usou diz que não há viagem mais fantástica!

Qual a sua citação ou frase famosa preferida?
“Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia. Tudo muda o tempo todo no mundo”

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Forças e franquezas

Porque é muito importante uma pessoas saber os lugares aos quais pertence ou não.
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..5 situações em que me sinto totalmente à vontade:
.....1) Numa pista de dança
.....2)
Dentro de um abraço sincero
.....3) Com uma criança no colo
.....4) Ao lado do meu irmão
.....5) Durante um amasso

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..5 situações que me são extremamente desconfortáveis:
.....1) Pessoas (não amigos) chorando
.....2) Sapatos apertados
.....3) Fazer apresentações de Power Point
.....4) Não estar segura das intenções de alguém
.....5) Vender uma idéia que não comprei

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E acredite, isso diz muito sobre mim.