quarta-feira, 29 de novembro de 2006

The feeling with no name

Acabei de percorrer os blogs que costumo ler com freqüência em busca de alguém que já tivesse escrito o que eu to sentindo agora e me poupasse o trabalho de tentar fazê-lo... Dei uma procurada rápida nas minha músicas querendo algumo que me confortasse agora, e nada... Sei que fui superficial na busca mas não achei =(

É um tipo de angustia... de inquietação.
Dói como se você tivesse sofrido uma rejeição... mas você não necessariamente está amando... Pesa o ar como quando você se arrepende muito de alguma coisa... mas você não fez nada... Afunda o peito como na mais forte das saudades.
Te da vontade de sair gritando e arrebentando tudo, mudar o mundo; mas ao mesmo tempo você é tomado por uma inércia que te impede de sair do lugar.
Você ate pensa em ligar pra um amigo, sair pra trocar uma idéia... mas o que dizer sem você sabe o que você está sentindo?
À sua volta está tudo como deveria estar, nada mudou desde ontem quando tudo estava na mais perfeita normalidade. Mas você ficou distante, não consegue se concentrar no trabalho, fica horas olhando pro mesmo documento como se ele estivesse escrito em árabe ou qualquer dialeto semelhante... as pessoas te sufocam só de perguntar se está tudo bem...
E por mais que você escreva um milhão de coisas nada parece capaz de representar o que você está sentindo... na verdade parece uma grande perda de tempo como todas as outras coisas que você está fazendo.
O bom é que isso normalmente passa da forma que veio... sem avisar...

E as perspectivas de hoje são animadoras... Show de final de ano do grupo de canto-terapia da minha avó! Pros que não conhecem é um misto de show de comédia e horror. Um grupo de senhores e senhoras (e alguns jovens perdidos) que se encontram semanalmente para exorcizar seus fantasminhas através do canto... até aí OK... Mas no final do ano eles organizam um grande espetáculo para seus amigos e familiares... É impagável! O melhor de tudo e ficar olhando pra cara dos músicos que acompanham os “artistas” da noite... Eles se matam de rir!!

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Frase do dia...

A frase do dia aqui no trabalho:

Mulher é que nem moeda: ou é cara ou é coroa.
By João

Passei mal de rir!

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Revendo conceitos

Têm uns anos já... mais precisamente em 1999... Foi neste ano que me aproximei muito de uma menina... Ela tinha sido da minha sala no ano anterior e por coincidência ficamos juntas de novo na sétima série. Isso pra nossa escola, que embaralhava os alunos todos os anos, era raro.
O entrosamento entre a gente começou a crescer rápido e antes de nos darmos conta já estávamos bem amigas. Nesta época tínhamos 13 anos.
Em uma primeira análise éramos bastante diferentes... Ela com seu incontrolável mau humor matinal e eu querendo altos papos antes das 7 da manhã; ela com seu discurso de “mulher” prática e independente eu sonhadora e melosa; ela tímida como poucas pessoas que eu já tinha conhecido e eu com minha tradicional cara de pau... Contudo tínhamos características importantes em comum... As duas eram bem família, bem caretas se comparadas às meninas mais avançadinhas da série, sonhadoras como toda pré-adolescente, mas realistas, dentro do cabível pra idade.
A nossa convivência aos poucos foi saindo dos muros da escola e antes do meio do ano já éramos grandes amigas. Uma já freqüentava a casa da outra, já fazíamos nossas programinhas nos finais de semana. E à época nossa vida social era basicamente ir ao cinema e depois bater papo comendo em algum lugar. Tudo isso começando bem cedinho, é claro. Às 22:00 eu tinha que estar em casa!
Nossa amizade começou a crescer e aos poucos fomos nos conhecendo mais... Contudo, tinha uma coisa que ela dizia com freqüência que me impressionava muito. Não era raro ela dizer que não acreditava em amizade verdadeira. Aquilo sempre me intrigou muito... amigos pra mim eram mais do que uma realidade e po, ela era minha amiga... ela não acreditava na gente?! Mas confesso que minha argumentação contra essa afirmação era muito superficial... achava incrível como alguém da minha idade podia pensar tão diferente do senso comum. Eu que sempre fui tão convencional chegava a admirar essa característica dela.
2000...
2001...
2002...
Os anos foram passando. Nossa amizade não.
São centenas de histórias e viagens que não me deixam mentir...
Em 2003, no terceiro ano, ela mudou de escola mas, apesar do medo inicial da separação isso não nos abalou... no meio do ano outro desafio... eu fui morar fora do país... a perspectiva de ficar longos meses longe da minha inseparável melhor amiga era tensa. E o pior... quando eu estivesse voltando quem estaria indo para longe estudar seria ela. No seu tradicional pessimismo era comum eu ouvir que nossa amizade não venceria isso.
Pois venceu.
Começamos em faculdades diferentes, cursos diferentes... nada disso importava muito... éramos as mesmas amigas inseparáveis de sempre.
Vendo hoje... depois de quase 10 anos... admiro muito a relação que construímos... É do tipo que vai muito além de se falar no telefone todo dia ou sair no final de semana... uma entende a alma da outra... e a conexão é de banda larga e sem fio. Às vezes não é nem preciso nos olharmos pra saber se esta tudo bem... uma já decorou o manual de funcionamento da outra...
Muita coisa mudou desde 1999... mas muita coisa continua igual. Ela continua pessimista, eu continuo tentando ser sempre racional... Continuamos capazes de filosofar durante horas... as duas continuam família e caretas...
Outro dia me peguei pensando na nossa sétima serie (o que não é raro) e lembrei da frase “não acredito em amizade verdadeira”... Ri um bocado. E o melhor de tudo é saber que se ela estivesse junto comigo teria rido também. Se o que construímos não foi uma verdadeira amizade não sei que outro nome poderia ter.
É tão confortável você ter um amigo assim... com quem você não precisa justificar suas ações e pensamentos, com quem você pode tirar a mascara e chorar em filminho adolescente... Alguém especial.
Nunca precisei perguntar se ela mudou de opinião... eu sei que mudou. E apesar de rir disso tudo hoje, continuo admirando-a pelas mesmas qualidades!

Moral da História: O mundo gira, as pessoas crescem, amadurecem... mudam. Mas se uma relação é construída na base do respeito mútuo (e essa relação pode ser de amor, amizade, profissional), a chance de se construir algo verdadeiro é enorme.

domingo, 26 de novembro de 2006

Segundas emoções

Domingo.
Dia oficial de não fazer nada.
Muito tempo na frente do computador.
Atividades de hoje: Reler e-mails/cartas/bilhetes que escrevi nos últimos tempos (quase todos com o texto devidamente copiados no computador).
A primeira grande divisão: os enviados e os não enviados. A pasta de não enviados é consideravelmente maior. Há pessoas com tantos bilhetes não enviados que chegam a ter uma pastinha com seu próprio nome.
Ah! Se eu tivesse entregue tudo aquilo! Uma tormenta de sensações sentimentos momentâneos... carregados de lembranças inesquecíveis que nem lembro mais...
Às vezes não me encontro nas minhas própria palavras, não me acho em linhas que já representaram meus próprios sentimentos.
Agradeço por ser dotada da capacidade de pensar antes de entregar tudo o que eu escrevo (e olha que mesmo assim deixo chegar ao destino muitas coisas que não deveriam sair da minha tela). Acredito que poucos me reconheceriam naqueles primeiro impulsos transformados em palavras.

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Toda torcida cantará essa canção...

Na minha vida desde cedo aprendi a lidar com a saudade. Este sentimento sempre foi constante... ele é constante.
Hoje faz um ano que venho descobrindo uma forma nova de saudades... um tipo de saudade que me fez questionar se o sentimento tão presente na minha vida era mesmo essa tal saudade ou eu é que estava chamando esta nova forma de senti-la pelo nome errado...
Acho que é a segunda opção.
Não se pode comparar a falta que faz uma pessoa que, por mais longe que esteja, está em algum lugar com a angustia de saber que, por mais que você sinta falta de alguém, ele jamais estará com você de novo.
Este tem sido o último grande ensinamento que o Vovô deixou pra mim... Como conviver com o vazio do “nunca mais”, do definitivo.
Não vou dizer que neste um ano pensei nele todos os dias... Muitas foram as vezes em que acordei e voltei a dormir sem pensar no meu avô... minha vida continuou, graças a Deus (ou a quem quer que seja!). Houve dias em que algo me fez lembrar dele e essa lembrança passou com a mesma leveza e naturalidade que veio... alguns outros a lembrança me trouxe dor... muitas destas lembranças vieram acompanhadas pelo medo. Mas a grande maioria veio recheada de boas memórias, de histórias divertidas... Incrível essa capacidade de só lembrar do que foi bom!
Posso dizer milhões de coisas sobre o Vovô Zé Luiz...
A pessoa mais inteligente que conheci, um líder por natureza, alguém que nunca se abateu pela deficiência, um amante de todo e qualquer esporte... um exemplo. Um dos meus maiores.
Tudo isso é pouco.
Até em sua morte ele continuou me ensinando... me ensinando a deixar ser surpreendida sempre! E naquele dia 24 de novembro foi assim. Tive do meu lado velhos amigos que sempre soube que estariam comigo; amigos recentes que me aqueceram o coração... Vi meu primo deixar de ser apenas meu primo e se tornar um Doutor, vi minha Vó deixar de “resmungar” e ser esposa. Vi meu pai chorar.
Na hora do tchau cantamos o hino do América baixinho... e hoje é muito difícil ouvir essa música sem lembrar daquele momento...
Confesso que é muito difícil fazer muitas coisas sem lembrar dele... a Mágica é aprender a fazer com que, sempre que possível, a lembrança seja prazerosa... estou aprendendo este truque.
Não que o Sr. Precise disso por aqui ou por uma missa... mas Vovô... você é uma das pessoas que mais admiro neste mundo. Te amo muito, muito e pra sempre.

Hei de torcer, torcer, torcer
Hei de torcer até morrer, morrer, morrer
Pois a torcida americana é toda assim, a começar por mim...

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Rendição

Sempre li vários blogs...
Acompanho quase que diariamente os textos e as vidas de pessoas que nunca vi (e provavelmente nunca verei) pessoalmente...
Sempre na defensiva, nunca me rendi a ter um blog próprio e hoje, cedendo a um impulso, a um capricho, acabei de criar este aqui.
Não que eu ache que vá cativar pessoas ou que o que eu tenho pra falar pode interessar a alguém... pretendo aqui, antes de mais nada, exercitar e organizar meus pensamentos.

Senhoras e Senhores, o circo vai começar!