quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Das grandes arrumações

Quanto sentimento é possível guardar em papéis?
Muito mais do que jamais imaginei.
Como todo encerramento de ciclo, hoje fiz faxina no meu quarto. Foi limpeza das grandes. Entulhos acumulados nos últimos 4 anos passaram pelo crivo de “lixo X mais dois anos de gaveta”.
E quanta coisa encontrei folheando as agendas dos anos anteriores, as palavras escritas nos rodapés dos cadernos, as conversar de MSN impressas...
Como é possível?
Deve ser por isso que fico tanto tempo sem fazer grandes arrumações no meu quarto, o turbilhão de emoções que encontrei ali...
Vi uma menina ansiosa e afobada que muitas vezes meteu o pé pelas mãos, vi uma profissional que mesmo engatinhando já pode se orgulhar de algumas conquistas, me deparei com um amadurecimento que já podia até ser esperado, mas que quando constatado diante do espelho chega a doer.
O quanto se pode trabalhar sem embrutecer? O quanto se pode amar sem sofrer? Por quanto tempo se pode andar sem se perder? O quanto é possível crescer sem perder de vista quem se pretende ser?
Espero que MUITO.
Na próxima faxina quero ter a certeza que não economizei no terninho, nos lenços ou na sola dos sapatos.
Quero, de novo, a sensação de que vivi!

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