domingo, 27 de abril de 2008

Destino: ?

Ando mais do que nunca querendo viajar.
Chego a dizer que eu preciso viajar...
Não o tipo de viagem comum...
Aquele tipo de viagem que dói... A viagem pra dentro de mim mesma.
Não estar no meu lugar de conforto ajudaria por isso a viagem física poderia até ajudar na viagem interior...
Porém, cada vez fica mais difícil se desvencilhar do sistema uma vez que, a cada dia que passa, você está mais inserida nele. Mesmo que você não queira.
Ou talvez queira...
E é por dúvidas como essas que eu digo que digo que preciso viajar comigo mesma. Por mim mesma. Para eu mesma.
Egoísmo?
Sobrevivência.
Quando viver a vida que você sempre sonhou só depende de você, tudo se torna extremamente mais difícil.

Nota breve

Quanto a esta imagem que ilustra o blog... essa aí do canto direito...
Sinto tanta falta do período pré chapéu do primeiro plano...

Companheiros

Devo confessar que não ando no meu momento mais iluminado... Pra ser sincera estou numa fase bem apagadinha.
Uma das fugas que eu tenho usado é ler mais e mais e mais.
A vida dos personagens nunca é entediante ou sem graça. E mesmo quando é autor sabe valorizar isso.
Portanto, enquanto minha vida segue monótona e sem muita graça, eu sigo vivendo a vida de dezenas e mais dezenas de personagens...
Tem o filho de um soldado do Hitler no período da segunda grande guerra, uma australiana que tem medo de relacionamentos e prefere fazer sexo casual, uma adolescente de 14 anos que tem medo de se tornar adulta e ter uma vida tão vazia quanto a da sua mãe, um psiquiatra que inventa um método de tratamento diferente pra cada paciente, a biografia de uma banda de Rock, e tantos outros.
Olhar pra fora ao invés de pra dentro pode até não resolver meus problemas, mas definitivamente, me tira do tédio.

Mulher de Malandro

Conversando com uma amiga esta semana caímos no papo “olha o estado em que nossa cidade chegou”.
Começamos falando de como as coisas estão ficando piores, violência, dengue... até os recentes terremotos/ondas gigantes na Baia de Guanabara foram assunto.
Mas, quando a gente foi ver estávamos falando bem da cidade de novo...
Não resisti a ironia da cena e perguntei:

- Mas como é possível? Não tem 3 minutos estávamos falando do quão impraticável nossa vida estava ficando e agora estamos dizendo como essa atmosfera nos é agradável... Como pode?
- Ah, essa é fácil! Até quando se trata de cidades eu sou assim. Definitivamente eu sou mulher de malandro, adoro apanhar. Só pode ser isso! Simples assim.


Só me restou concordar e dar mais um gole no delicioso chopp que nos encarava na mesa.

domingo, 6 de abril de 2008

Epidemia

Esse fim de semana fui ao Chá de Bebe de uma amiga.

Devia ter cerca de 30 mulheres no evento e, tirando eu e outras 2 todas estavam grávidas ou com crianças pequenas.

No lugar reservado às bolsas, somente 3 modelos “normais” dentre todos os modelos de nylon com a cara de algum famoso personagem infantil.

É incrível como um ambiente assim pode te sufocar depois de um tempo. Ali dentro parecia que a gravidez era algo contagioso. Comecei a ficar com medo de usar copos que pudessem ter sido mal lavados... ir ao banheiro nem pensar!

Lá pelas tantas, procurando uma palavra de apoio liguei pra uma amiga não grávida e retratei o desconforto da situação. Ela me deu um conselho que segui à risca:

“Amiga, senta na sua cadeira, cruza a perna bem cruzada, e não as separe por nada deste mundo até que o último espécime do sexo masculino em idade fértil tenha saído da festa”.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Eu, os livros e o bar

Depois de conviver comigo mesma por 21 anos e 9 meses (ai meu Deus, eu já tenho quase 22!) eu deveria me conhecer suficientemente bem pra saber que assistir seriados melosos de forma compulsiva durante períodos de extrema carência não seria uma boa coisa.
Estou pensando em largar tudo, me mudar pro interior, levando nada mais do que meus livros... viveria assim... eu e meus livros... quem sabe eu abriria um pequeno bar. É, acho que seria isso... Eu, os livros e o bar... E as pessoas que eu eventualmente conhecesse em virtude do bar...