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domingo, 4 de abril de 2010

Onde mora o seu coração?

_ Lexie, é do Alex que estamos falando. Emocionalmente ele é tão maduro como eu há três anos atrás. Você sabe que não pode nutrir sentimentos por ele.
_ Claro que não. É apenas sexo! Nào há sentimento envolvido.
_ Com certeza! Por que você é a garota sem sentimentos! Acorda! Seu coração mora na sua vagina!
_ Claro que não! Até parece! Eu juro que dessa vez não.
_ Ta bom... eu acredito. Boa sorte!
_ E pra que fique registrado, meuc oração não mora na minha vagina!

(Greys Anatomy, 6a temporada, episódio 16. Dialogo entre as irmãs Gray... God bless a roteirista desta série... Por que ouvir isso na TV ;e bem mais fácil do que ter uma irmã ou amiga realmente tendo que te dizer isso)

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Papo (com a) cabeça

Local: Copa
Mãe e filha colocam a mesa enquanto esquentam o jantar
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Mãe - Então filha, decidiu seu carnaval?
Filha - Ai, mãe, nem fala... Depois de 5 anos eu acho que vou passar o carnaval no Rio. Derrota máxima.
M - E todos aqueles lugares que você tava vendo de ir?
F - Melou tudo!
M - Filha, por que você não vai pra Lisboa?
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Local: Quarto da filha
Após o jantar ela deita na cama do quarto artificialmente refrigerado e reflete
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Consciência - E no final das contas, por que não ir pra Lisboa?
Filha - Porque ta muito frio nessa época do ano...
C - E você não adora as oportunidades que tem de usar suas roupas de inverno?
F - Tá, e mesmo se não fosse pelo frio, lá não é feriado e ele trabalha até tarde todos os dias
C - Portugal é um país super interessante. Você poderia fazer turismo durante o dia e encontrar com ele de noite. Nos dias em que você estava trabalhando e ele estava no Rio não foi assim que foi feito?
F - Foi... Mas ele foi embora tem pouco tempo. Eu não quero me acostumar mal, achando que sempre que bater a saudade eu posso ir pra lá. Que vamos nos ver todos os meses...
C - Mas por que não aproveitar pra se verem no mês em que você pode viajar?
F - Porque a gente sabia desde o início que seriam 15 dias. E esses 15 dias já acabaram. Estar junto agora é só renovar o passaporte pra sofrer de novo no fim do carnaval... Desse jeito eu não me acostumo a nossa real situação. De que existe o Atlantico no meio e que não há possibilidade de termos nada que fuja do fulgás caso de verão... Você acha que eu to errada? Que eu devo ir pra Lisboa?
C - Eu não disse isso em momento algum.
F - Mas então por que todas essas perguntas?
C - Só pra ter a certeza que você sabe as respostas.
F - Você não confia mesmo em mim, né?
C - Se você achar que eu não tenho motivos pra isso podemos continuar a conversa.
F - Não, por mim está bom por hoje.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Inversão de valores


Recebi este e-mail hoje e ele conseguiu resumir bem o que eu penso com relação a inversão de valores na sociedade hoje.

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(Se a imagem estiver pequena demais, clique que ela ampliará)

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"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"


terça-feira, 21 de julho de 2009

Mascara


Recentemente tenho tido que, praticamente, reaprender a viver.

Nunca imaginei que minha vida e meus alicerces poderiam mudar tanto em tão pouco tempo.

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Só exemplificando por alto, sempre tive a família perfeita (mesmo sabendo que famílias perfeitas não existem). Aquele tipo de família que curte jantar junto quase todos os dias, que criou os primos como melhores amigos, que sabe o nome de cada um dos meus amigos, que vibra e valoriza qualquer pequena vitória no trabalho como final olímpica. Eu continuo fazendo parte dessa família, essa família continua existindo, mas essa família esta em estado de choque. A aceleração da doença do meu avô esta fazendo todo mundo sair um pouco dos eixos... Talvez ele fosse nosso eixo.

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Sempre fui a menina bem sucedida. Passei pra faculdade com 16 anos, sempre tive ótimos estágios desde o 1º período, fui efetivada antes mesmo de se formar, aos 21 anos. Continuo recebendo carinho de todos os lugares pelos quais já passei na minha curta carreira profissional. Sempre fui a menina das ciências “humanas” com a visão das ciências exatas. O agridoce, o sudoeste... Trabalho em uma grande multinacional, cuja marca é uma das mais valiosas do mundo. Faço viagens, cursos internacionais, falo em jargões que ninguém entende mas que faz todos me acharem o máximo. E quando isso tudo passa a ser mais legal pros outros do que pra você? Quando você sabe onde queria estar e tem medo de não conseguir chegar lá?

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Coisas assim, obviamente não me deixam feliz. São coisas assim que me fazem estar na toca há quase um mês. Quem vai contestar a desculpa de que estou cansada por ter, depois de um dia cheio no trabalho, passado horas na casa dos meus avós? É uma “desculpa” louvável e incontestável. Mas a verdade é que no fundo é só mais uma máscara...

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Estar sozinha e não ter aquele abraço largo e gostoso, dizendo que eu não preciso me preocupar com o programa de fim de semana, que vamos apenas ficar em casa, vendo filmes velhos e ouvindo música boa. Ficar sem ar de tanto chorar de noite e não tem no colo de quem se aninhar e se sentir protegida... não só estar sozinha, como ainda ter que ser o colo dos seus pais, tios e primos... Afinal você é a forte da família.

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Um cara que eu admiro bastante conseguiu descrever bem o que eu to tentando dizer: “Já virou clichê falar que o mal do século é a solidão. Não só a solidão em si, mas a distância entre as pessoas, os muros que criamos para nos proteger uns dos outros, as máscaras sociais, a falsidade, a dificuldade em se abrir, em compartilhar, mostrar ao mundo nossas fraquezas e necessidades. Tentamos a todo custo ser completos, perfeitos, bastantes e suficientes. Mas não fomos feitos pra isso, somos seres sociais e interdependentes, não somos independentes tampouco dependentes. Mas as pessoas não se abrem, falam sobre o tempo, sobre o nada, quando dentro do peito aquela voz grita por atenção, carinho, afeto, companhia”.

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Se eu tivesse coragem seria por tudo isso que estaria gritando agora, ao invés de responder que está tudo bem a cada vez que um amigo se aproxima querendo saber o porquê do meu sumiço, ou quando querem saber como vão os projetos no trabalho...

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Sobre as minhas cismas

Eu tenho uma tendência a viver histórias que nunca existiram. Coisa de maluco mesmo, eu sei. Continuo namorando mesmo depois do fim de um relacionamento, evoluo a relação com um cara que fiquei a penas uma vez e nunca mais vi, trato meus amores adolescentes como se tivessem acontecido ontem.

Falando assim pode parecer uma coisa doentia... mas não é não. Como diz um amigo meu, isso é sintoma da alma de uma contadora de histórias.

Eu pego personagens reais e, a partir de ponto de um ponto de partida, que normalmente é a última vez que tive contato com a pessoa, continuo criando histórias... Vejo filmes e penso qual seria a reação deles, vejo coisas e imagino como ficaria bem na estante do quarto deles.

Me apego mesmo aos meus personagens.

Ma minha cabeça eles passam por crises, amadurecem, pesam na bola, tudinho, como se fossem pessoas reais.

São pessoas com as quais eu não perdi totalmente o contato, afinal preciso de novos insumos pras minhas fantasias, mas também não são amigos que acompanhem a minha vida. Na maioria das vezes apenas aquele e-mail de dois em dois meses comentando um filme, ou então uma mensagem perdida no meio do dia de trabalho.

Normalmente isso não afeta minha vida. É apenas uma atividade pra fazer no trânsito, nas horas mais ociosas...

Mas, de tempos em tempos, acabo acumulando tantos personagens que preciso me livrar de alguns deles. É como fazer uma limpeza no armário. É necessário para poder caber roupas novas. Não é uma tarefa fácil visto que me apego às histórias e personagens que construo. É quase como se realmente estivesse me despedindo de alguém.

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Semana passada foi uma dessas semanas. Estava me sentindo sufocada pelos meus amigos fantasminhas e me vi obrigada a estudar cada um dos casos pra ver quem sairia de circulação.

Fui enumerando um a um e vendo porque encasquetei com cada um deles.

Uns foram potenciais grandes amores, outros eram personalidades muito ricas, outros e conheci tão pouco que me permitiram criar o que eu quisesse sobre eles.

Como o sono não vinha acabei escrevendo essas coisas ao invés só de pensar sobre elas. No final das contas, em mais um dos meus recentes atos impulsivos, resolvi escrever pra cada um deles o motivo pelo qual ele tinha se tornado um personagem meu.

Só as respostas que recebi deles era suficiente pra me convencer a mante-los no acervo de personagens... Um ficou surpreso e até um pouco assustado, outro ficou lisonjeado, teve o que propôs tentar começar uma história de verdade pra que eu pudesse conferir o quão próximo da realidade era o personagem que criei, e houve ainda o que ficou insuportavelmente metido achando que era com ele que eu estava envolvida e não com a versão dele que eu criei...

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E foi assim, que quase sem querer, me livrei de quase todos eles. Ao me responderem eles estavam sendo reais de mais, reais o suficiente pra perder o encanto que eu tinha criado em cima de cada um deles. Mas que fique claro, só de alguns... ;-)

E agora cá estou eu, com um espação livre, esperando por novos personagens...

domingo, 7 de dezembro de 2008

Lição do dia

Você sempre se orgulhou de ter isso muito claro na sua cabeça e agora está caindo nessa cilada? Ei, menina, acorde e lembre-se: O mundo não gira em torno do seu umbigo!

Que dia!

Acordei sem vontade de ir pro Francês mas com menos vontade ainda de inventar uma desculpa para não estar lá na última aula antes da prova.
Saí da aula com preguiça de ir pro salão fazer unha. Mulheres falando futilidades, risadas falsas e cheiro de produtos que me deixam tonta.
Achei melhor ir pra casa.
Computador? Não...
Video game? Sem saco...
Ouvir música? Seria uma boa. Se ao menos eu soubesse o que eu queria ouvir.
Acabei decidindo ler. Terminei um que já estava enrolando há quase um mês. Final decepcionante. Comecei um livro que estava esperando o lugar dele na fila há meses. Chato. Passei pra um dos meus autores preferidos, Nick Hornby. Início arrastado. Arrisquei com um dos meus assuntos prediletos, a luxúria. Texto teórico demais.
E assim passou-se uma tarde inteira.
A noite se aproximou com telefonemas, combinações, planos. Noitada aí vou eu. Banho tomado, cabelo seco, roupa escolhida, maquiagem feita. Mas quem disse que meu corpo respondia a estímulos? Programa abortado.
Video game. Sem saco.
Depois de tão deprimente sábado em que o azedume tomou conta da minha pessoa, coloco o DVD dos Los Hermanos pra coroar o dia.
Por que não acabar o dia com um barbudo comedor de criancinhas, né?
Que venha domingo!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Lição do dia

Aprenda a confiar na sua manicure.
Quando ele disser que se você puser determinado esmalte sua unha ficará tal qual a de uma Drag Queen, não discuta.
Eu discuti. =(

domingo, 9 de novembro de 2008

Pensando alto

É preocupante quando você ouve uma música no transito, a caminho do trabalho, antes das 8 da manhã, e ela consegue te fazer pensar em coisas impróprias...

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Classicarinho

Me fazer sorrir, este é o ponto inicial.

Tem que ser livre e independente. Minha companhia tem que ser prazer, não necessidade ou obrigação.

Tem que não só gostar de cinema mas também gostar de viajar pra dentro dos filmes. E se fosse você que estivesse naquela cena? O que teria acontecido?

Tem que ser culto e inteligente, gostar de aprender e ainda mais de ensinar. Me instigar sempre.

Gostar de competições. Não gostar de perder, mas saber perder. Saber comemorar quando ganha também é muito importante.

Gostar de estabilidade, segurança. Mas que gostar, valorizar isso.
Adorar a rua, as pessoas, o samba e o mar... Mas saber fazer de um filme com pipoca um programa inesquecível.
Saber o valor da família. Respeitá-la.

Deve saber, no discurso e na atitude, que relacionamentos existem para somar e não pra excluir.

Outro ponto importante é saber ser criança! Adivinha que animal estou imitando? Se divertir com ataques de bobeira e enxergar num jogo de tabuleiro múltiplas oportunidades de diversão.

Ser simples no dia a dia, mas dar valor ao sofisticado.

Ser dono de si, mas no final das contas, saber rir de si mesmo é um grande diferencial.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Constatação

Você percebe que sua cabeça não está onde deveria estar quando tenta (e insiste) abrir seu carro com o crachá da empresa.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Reeditando

Rio de Janeiro, 15 de janeiro de 2006.
Tem dias que a gente simplesmente acordou pra filosofar. Falar de amor, de paixão, de dor, de ciúmes, de amizade, de alegrias, de poesia, de música, enfim... qualquer assunto trazido à tona é motivo de pensamentos os mais variados e viajantes.
Hoje eu acordei assim. E agora, às 4h52 da manhã, do alto da minha insônia escrevo essas palavras tão imprecisas, tão vazias perto de tudo que passa pela minha cabeça nesse momento. Uma vontade de gritar, de fazer loucuras, de sair pra andar na praia, de encher a cara sozinha, de recitar palavras de amor, de ligar pra alguém, só pra bater papo, de chorar, de rir... nossa, falando assim pareço uma esquizofrênica!
Bem que esses momentos de criatividade produtiva poderiam vir mais vezes, afinal, quem não gosta de se sentir extremamente pensante?
É incrível, mas nessas horas a gente sente que pode refletir sobre tudo, que qualquer pensamento ou poesia fazem sentido, que tudo a nossa volta se encaixa... enfim, um milagre da natureza. Que Freud me explique!
Dentre tantas coisas, uma específica me vem perfurando as idéias, que é a de como é bom se sentir vivo. Ter vontades, desejos, inseguranças, medos, amores... como é bom ser complexo! Ouvir uma música e ver a poesia nela flutuar, ver uma foto e se emocionar, ser sugada pelos pensamentos como o pólen, ser soprada para as emoções como a brasa.
Ah, agora me recordo o que causou tudo isso: hoje assisti mais uma vez “Cinema Paradiso”. Esse filme sempre me deixa sem palavras. A humanidade, a ferocidade, a pureza, a leveza e a complexidade da vida são traduzidos de forma belíssima (sem nenhum trocadilho com a novela) em duas simples horas. Duas horas que poderiam ser cinco. A vontade que dá é de fazer um filme do filme; uma versão feita em uma nova tecnologia que nos permitisse vê-lo a qualquer hora e em qualquer lugar. Isso para não serem perdidas passagens por causa dessa nossa tal memória seletiva, ou digamos, sobrecarregada com tanta porcaria e estresse.
Chorei, claro. E bastante. Como não chorava desde novembro. Há uma espécie de inconsciente coletivo naquelas frases, que são capazes de tocar até um cubo de gelo. Sempre impressionante. Não preciso dizer mais nada: assista, por favor. É um bem que você faz a si mesmo.
Ao terminar o filme, discutindo com um amigo meu, vi o quanto a arte é individual. Ela só pode te acrescentar algo se você a deixar, se você encará-la como algo a ser pensado, refletido. Do contrário, ela se desfaz, vira entretenimento gratuito. E daí a ida ao teatro ou a cinema terá se tornado apenas mais um programa de domingo. Portanto, pense, reflita, argumente, opine, morra e renasça por dentro, mas nunca, nunca, deixe a arte passar incólume.
O que uma montagem feita de cenas censuradas significa pra você? Pornografia, como era pro padre? Lixo, como um dia foi pra mãe do Totó? Ou o reencontro com a vida e seus sentimentos mais puros? Não existe resposta certa... Só o que a arte desperta em cada um...

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Déjà Vu

Esse final de semana foi bom como a muito tempo um final de semana não era...
Recheado de festa, família, amigos... emoções e vazios.

Boa parte da emoção ficou por conta da colação de grau que fui assistir sábado pela manhã. O dia era da turma 2008.1 de Comunicação Social da PUC-Rio. Um número considerável de pessoas que fizeram parte dos meus 4 anos de faculdade estava representada naquele palco. Contudo, vou ser obrigada a confessar, que a minha emoção foi bem mais egoísta que altruísta.

Entrar no ginásio da PUC me provocou um imediato déjà vu. Foi uma viagem com data certa, mas precisamente 18 de janeiro deste mesmo ano. Senti naquele momento que não tinha ido apenas assistir a colação de alguns amigos.

Foi mais ou menos como se estivesse novamente na minha formatura, só que desta vez, vendo as coisas pelo ponto de vista da platéia. Amigos vestidos de preto e azul, em boa parte os mesmo professores, o mesmo lugar, a mesma decoração, a mesma atmosfera...

Me perdia vendo detalhes que somento os olhos treinados de quem já passou por aquilo seriam capazes de ver. Como o cochicho do grupo de amigos que estava mais envolvido na euforia daquela celebração do que no discurso de um ou outro professor... Na movimentação inquieta da perna das mães ao começarem a chamar a letra do nome do seu filho... Curioso seguir o olhar do formando para ver exatamente pra quem ele vai olhar na hora de erguer o canudo. Na já tradicional seleção de fotos exibidas no telão era fácil ver o que aquele momento significava para cada um daqueles formandos... Homenagens aos pais, fim de um tempo de festas, orgulho próprio.

E conforme os rituais iam sendo cumpridos - entrada enfileirada no ginásio, hino nacional, discursos, juramento, imposição de grau, chamada nominal – eu juntava as pecinhas daquela noite de sexta-feira... Uma noite na qual, apesar de não bebido uma única gota de álcool, tenho a memória composta de flashes.

Na volta pra casa comecei a pensar em como as coisas estão passando rápido... em como tudo mudou tanto sem nem mesmo sair do lugar (de novo esta velha sensação). É muito comum, quando surge o assunto de faculdade, eu dizer que “me formei agora, no início deste ano”. Este advérbio, agora, não me pertence mais. O agora é da turma de 2008.1 e não mais da de 2007.2.

As amarras que me prendem a este passado ainda tão recente vão a cada dia ficando mais frouxas. Será que eu me darei conta no dia em que elas se soltarem de vez? Deve ser normal o fato de eu ainda me identificar mais com o mundo “estudante” do que com o mundo “profissional”... o primeiro deles tem larga vantagem em número de anos de dedicação. Mas passo a passo, mês a mês, o segundo vai ganhando seu espaço.

Torço pra não perder o pouco do idealismo que ainda me resta, para não me acomodar na prepotência dos que valorizam a pratica em total detrimento ao acadêmico, pra que a velocidade dos acontecimento no atropele a emoção que cabe em cada um deles...
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E, como sempre, meu poeta pop se incumbiu de cantar algo capaz de representar o que estava na minha cabeça no momento em que ela encontrou o travesseiro na noite de sábado...

terça-feira, 8 de julho de 2008

Enfrentando um medo

Já era tarde.
Telefone em cima da mesa.
Eu olhando pro telefone.
Coração batendo rápido, quando pulando do peito.

A coragem de ligar ia e voltava mais rápido do que os dedos eram capazes de discar os números.

Em uma mão segurava firme o telefone e na outra o pedaço de papel em que o número estava escrito. Fechei os olhos e revivi alguns dos momentos inesquecíveis que a nossa relação proporcionou.

Como esquecer os seguidos frios no barriga? Aquela sensação de “dessa vez vão vai ter jeito, não vou conseguir” e a outra melhor ainda de ter conseguido superar o desafio. Você sempre me dando uma lição... Quantas pessoas diferentes você me proporcionou ser? Já perdi a conta... de aeromoça a líder de torcida, personagens de cinema, hippie, guitarrista, cigana...

Seria justo pôr novamente tantas expectativas em cima de você? Alguém que já me deu tanto... E se eu não conseguir te acompanhar mais? E se eu não for mais aquela...?

Respirei fundo... disquei o número...

- Academia de Dança, Renata, boa noite!
- (silêncio)
- Alô?
- Oi... Boa noite, Renata... Será que você poderia me dar informações sobre a turma de jazz para adultos?

Suspiros de vidro

(Achado de uns meses atrás)
Tenho trabalhado tanto, mas sempre penso em você. Mais pro final do dia que pela manhã, mais naqueles dias que parecem poeira assentada e com mais força conforme o sol cai. Não são pensamentos escuros embora noturnos. São tão transparentes que até parecem de vidro. Vidro tão fino que, quando penso mais forte, parece que vai quebrar em cacos, o pensamento que penso de você.

Se não fosse dormir sempre com a cabeça tão cheia, acho que esses pensamentos quase doeriam quando, durante a noite, se transformassem em milhares de cacos espalhados nos lençóis. E esses pedaços refletiriam partes da nossa história. Algumas ferem, mesmo as que são bonitas. Parecem filme, livro, quadro. Não doem porque não ameaçam. Nada que eu penso de você ameaça. Durmo pesado. O vidro nunca quebra.

Daí penso coisas bobas quando, através da janela do carro, depois de trabalhar o dia inteiro, me pego olhando pro lado de fora. Deixo a paisagem correr e penso um pouco mais em você. Quando o transito está muito ruim, o que acontece quase todos os dias, para não me irritar tanto, descobri um jeito engraçado de continuar pensando em você. Procuro em cada um dos pedestres que cruzam meu caminho um pedaço seu. Quais tênis poderiam ser seus, quais roupas você jamais usaria, pra onde você estaria indo ou de onde estaria vindo se estivesse naquele lugar da cidade. E fico tão embalada que chego a apertar os olhos pra ter certeza de que aqueles tênis não são mesmo seus. Nunca vejo você.

Boas e bobas são as coisas que me fazem lembrar e pensar em você. Como quando você me fez andar e andar sem que eu soubesse para onde estávamos indo pra no final tomarmos um sundae delicioso, ou quando, saindo do cinema fomos comer salada de frutas num botequim. Tem ainda o filme alemão mal legendado que desistimos de entender no meio e o frio na barriga que tomou conta de mim a primeira vez que eu retornei uma ligação sua. Vivo com pudor de parecer ridícula, melosa, piegas, brega, romântica, pueril ou banal. Mas no que penso somos um pouco disso tudo, não tem jeito. Quando revivo os momentos no meu pensamento é tudo frágil como a voz de Olívia Byington cantando Villa-Lobos, mais perto de Mozart que de Wagner, mais Chagal que Van Gogh, mais Jarmusch que Win Wenders, mais Cecília Meireles que Nelson Rodrigues.

Tenho trabalhado tanto, por isso mesmo talvez ando pensando assim em você. Brotam espaços azuis quando penso. No meu pensamento, você nunca me critica por eu ser um pouco tola, meio inconstante na minha mania por constância, e penso então em tule nuvem castelo seda perfume brisa turquesa vime. E deito a cabeça no seu colo ou você deita a cabeça no meu, tanto faz, e ficamos tanto tempo assim que a terra treme e vulcões explodem e pestes se alastram e nós nem percebemos. Paradinhos no umbigo do universo.
Fecho os olhos, faz tanto bem, você não sabe. Suspiro tanto quando penso em você, e é tão freqüente. Ando mais devagar, certa que na próxima esquina, quem sabe. Não tenho tido muito tempo ultimamente, mas penso tanto em você que na hora de dormir de vez em quando até sorrio e fico passando a ponta do meu dedo no lóbulo da sua orelha e repito aquela nossa velha história em voz baixa... O sono chega me embalando e antes que eu me de conta já fui dormir. E o fino vidro dos meus pensamentos mais uma vez não se quebrou.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Abrindo o jogo

Bom, se é pra ser sincera acho bom eu começar...
Tem vezes que eu chego da night e não tomo banho antes de dormir, falo muito mesmo quando não devo, e não rio de algumas piadas só por birra.

Mas se é pra jogar limpo eu vou continuar...
Mudo de humor em menos tempo do que você demorou pra ler esta frase, na TPM sou capaz de dizer impropérios, e, por mais que eu possa tentar te convencer do contrário, eu sou extremamente carente.

Calma que ainda não acabou, a brincadeira era pra ser honesta, não era?
Não choro com coisas importantes, mas seriados me fazem derreter, morro de medo de decepcionar os outros e com isso, algumas vezes, acabo decepcionando a mim mesma, não gosto de castanha no sorvete, e, você pode ate tentar, mas não sinto cosquinha.

Pra terminar...
Não gosto de biscoito de morango, só uso dourado em dia de festa, e quando empaco com uma música sou capaz de ir do Rio a Teresópolis ouvindo só ela.

Pronto. Agora estou mais tranqüila pra fechar os olhos e continuar sonhando com você...

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Fechando o ciclo

Finalmente acho que fechei o ciclo e comecei um novo.

Ainda havia duas coisas me prendendo na fase anterior. Uma postura e uma pessoa.

Não sei qual dos dois é mais difícil de exorcizar.

A postura é quase como uma máscara. Eu sei que não sou mais daquele jeito, mas é difícil deixar as pessoas perceberem isso. Bem, se elas perceberam eu não sei, mas esqueci a máscara lá pras bandas de NY.
E a pessoa... A maior dificuldade era achar o meio termo. A questão não é excluir a pessoa da minha vida, mas só deixa-la presente no que eu quiser. O bom e velho equilíbrio.

Hoje posso dizer que estou confortável... confortável até demais!

Estou na entre safra.

Louca que pra algo aconteça pra balançar minhas estruturas...

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Todos os sons da chuva
Para esconder o silêncio do choro
Esxiste sentimento mais trsite que a falta de esperança?

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Sinais

Você percebe que alguma coisa na sua vida está no caminho errado quando se pega fujindo do que precisa e precisando do que foje

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Aprendendo...

Chega uma hora que você entende que não é por que nem todo amor é possível que ele deve deixar de ser vivido. O importante é saber que cada amor deve ser vivido de uma forma diferente.