quarta-feira, 28 de abril de 2010

Gostosa

Os corpos se separaram. Cada um caiu pra um lado da cama. Suados, respiravam de forma ofegante.
Ela ainda tentava conter o sorriso que insistia em aparecer na boca quando ele lança:
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_ Você é muito gostosa.
_ Muito. Sou quase uma Angelina Jolie, não sabia, não?
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Ah, que petulância! Um cara como ele usar um adjetivo (por que, não, isso não é um elogio) tão chulo quanto esse numa noite que estava sendo tão fantástica!
Ele percebeu a ironia na voz dela e continuou...
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_Você não me entendeu. Não quis dizer gostosa no sentido dessas boazudas. To falando gostosa de boa mesmo. Não tem uma parte do teu corpo que não seja macia e cheirosa, não tem um toque seu que não resulte numa descarga elétrica. Estar com você é uma delícia. Foi isso que eu quis dizer com gostosa.
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A respiração dela a esta altura já estava mais calma. E dessa vez ela não se esforçou pra esconder o sorriso que apareceu no seu rosto.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Não sabe brincar...

Eu sei que o meu telefonema soou estranho. Depois da nossa ultima conversa, eu te ligar no início da noite, em um dia de semana, horário que sei que você está trabalhando... Ainda mais pra perguntar algo tão banal como o nome de um restaurante.

Eu sei, também, que você sacou que aquele não era o real motivo do telefonema. O seu silêncio não seguido de uma despedida ao dar-me a resposta deixou isso claro. Quem se apressou dando a desculpa que tinha um guarda no cruzamento à frente fui eu.

Eu tava, pra variar, com o iPod no shuffle quando começou a tocar uma música do Leoni. O refrão dizia “porque eles nunca tiveram nem vão ter nada como eu você”. Essa música nunca foi nossa, e acho pouco provável, até, que você a conheça, mas aquilo na hora me fez todo o sentido do mundo e eu queria te falar isso.

Fiquei com vergonha, sabe como é, música de garotinha... Mas já diria o Lulu, o rei do pop de amor, que “as canções mais tolas, tendo seus defeitos, sabem diagnosticar o que vai no peito”.

Mas quando eu ouvi o “Oi” do outro lado da linha a coragem de falar de Lulu e Leoni evaporaram e tudo que me veio a mente foi te perguntar o nome daquele restaurante. Restaurante esse que eu não tenho a menor intenção de ir.

E, quer saber? A própria música do Leoni era uma desculpa. Eu queria mesmo era dizer que eu achei a resposta para algumas das suas perguntas. O negócio é o seguinte... Eu desci pro play e não sabia brincar. Achei que ia te enganar, afinal todos os jogos de pique são iguais, mas a brincadeira que você propôs era mais complicada, tinha muitas nuances e o risco, caso eu perdesse, me parecia muito alto.

Agora não tem mais como eu pegar o elevador e voltar pra segurança do meu casulo. Agora eu já fui apresentada às regras da brincadeira... Ainda da tempo de sugerir esconde-esconde?

domingo, 4 de abril de 2010

Onde mora o seu coração?

_ Lexie, é do Alex que estamos falando. Emocionalmente ele é tão maduro como eu há três anos atrás. Você sabe que não pode nutrir sentimentos por ele.
_ Claro que não. É apenas sexo! Nào há sentimento envolvido.
_ Com certeza! Por que você é a garota sem sentimentos! Acorda! Seu coração mora na sua vagina!
_ Claro que não! Até parece! Eu juro que dessa vez não.
_ Ta bom... eu acredito. Boa sorte!
_ E pra que fique registrado, meuc oração não mora na minha vagina!

(Greys Anatomy, 6a temporada, episódio 16. Dialogo entre as irmãs Gray... God bless a roteirista desta série... Por que ouvir isso na TV ;e bem mais fácil do que ter uma irmã ou amiga realmente tendo que te dizer isso)