Esse final de semana foi bom como a muito tempo um final de semana não era...
Recheado de festa, família, amigos... emoções e vazios.
Boa parte da emoção ficou por conta da colação de grau que fui assistir sábado pela manhã. O dia era da turma 2008.1 de Comunicação Social da PUC-Rio. Um número considerável de pessoas que fizeram parte dos meus 4 anos de faculdade estava representada naquele palco. Contudo, vou ser obrigada a confessar, que a minha emoção foi bem mais egoísta que altruísta.
Entrar no ginásio da PUC me provocou um imediato déjà vu. Foi uma viagem com data certa, mas precisamente 18 de janeiro deste mesmo ano. Senti naquele momento que não tinha ido apenas assistir a colação de alguns amigos.
Foi mais ou menos como se estivesse novamente na minha formatura, só que desta vez, vendo as coisas pelo ponto de vista da platéia. Amigos vestidos de preto e azul, em boa parte os mesmo professores, o mesmo lugar, a mesma decoração, a mesma atmosfera...
Me perdia vendo detalhes que somento os olhos treinados de quem já passou por aquilo seriam capazes de ver. Como o cochicho do grupo de amigos que estava mais envolvido na euforia daquela celebração do que no discurso de um ou outro professor... Na movimentação inquieta da perna das mães ao começarem a chamar a letra do nome do seu filho... Curioso seguir o olhar do formando para ver exatamente pra quem ele vai olhar na hora de erguer o canudo. Na já tradicional seleção de fotos exibidas no telão era fácil ver o que aquele momento significava para cada um daqueles formandos... Homenagens aos pais, fim de um tempo de festas, orgulho próprio.
E conforme os rituais iam sendo cumpridos - entrada enfileirada no ginásio, hino nacional, discursos, juramento, imposição de grau, chamada nominal – eu juntava as pecinhas daquela noite de sexta-feira... Uma noite na qual, apesar de não bebido uma única gota de álcool, tenho a memória composta de flashes.
Na volta pra casa comecei a pensar em como as coisas estão passando rápido... em como tudo mudou tanto sem nem mesmo sair do lugar (de novo esta velha sensação). É muito comum, quando surge o assunto de faculdade, eu dizer que “me formei agora, no início deste ano”. Este advérbio, agora, não me pertence mais. O agora é da turma de 2008.1 e não mais da de 2007.2.
As amarras que me prendem a este passado ainda tão recente vão a cada dia ficando mais frouxas. Será que eu me darei conta no dia em que elas se soltarem de vez? Deve ser normal o fato de eu ainda me identificar mais com o mundo “estudante” do que com o mundo “profissional”... o primeiro deles tem larga vantagem em número de anos de dedicação. Mas passo a passo, mês a mês, o segundo vai ganhando seu espaço.
Torço pra não perder o pouco do idealismo que ainda me resta, para não me acomodar na prepotência dos que valorizam a pratica em total detrimento ao acadêmico, pra que a velocidade dos acontecimento no atropele a emoção que cabe em cada um deles...
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Recheado de festa, família, amigos... emoções e vazios.
Boa parte da emoção ficou por conta da colação de grau que fui assistir sábado pela manhã. O dia era da turma 2008.1 de Comunicação Social da PUC-Rio. Um número considerável de pessoas que fizeram parte dos meus 4 anos de faculdade estava representada naquele palco. Contudo, vou ser obrigada a confessar, que a minha emoção foi bem mais egoísta que altruísta.
Entrar no ginásio da PUC me provocou um imediato déjà vu. Foi uma viagem com data certa, mas precisamente 18 de janeiro deste mesmo ano. Senti naquele momento que não tinha ido apenas assistir a colação de alguns amigos.
Foi mais ou menos como se estivesse novamente na minha formatura, só que desta vez, vendo as coisas pelo ponto de vista da platéia. Amigos vestidos de preto e azul, em boa parte os mesmo professores, o mesmo lugar, a mesma decoração, a mesma atmosfera...
Me perdia vendo detalhes que somento os olhos treinados de quem já passou por aquilo seriam capazes de ver. Como o cochicho do grupo de amigos que estava mais envolvido na euforia daquela celebração do que no discurso de um ou outro professor... Na movimentação inquieta da perna das mães ao começarem a chamar a letra do nome do seu filho... Curioso seguir o olhar do formando para ver exatamente pra quem ele vai olhar na hora de erguer o canudo. Na já tradicional seleção de fotos exibidas no telão era fácil ver o que aquele momento significava para cada um daqueles formandos... Homenagens aos pais, fim de um tempo de festas, orgulho próprio.
E conforme os rituais iam sendo cumpridos - entrada enfileirada no ginásio, hino nacional, discursos, juramento, imposição de grau, chamada nominal – eu juntava as pecinhas daquela noite de sexta-feira... Uma noite na qual, apesar de não bebido uma única gota de álcool, tenho a memória composta de flashes.
Na volta pra casa comecei a pensar em como as coisas estão passando rápido... em como tudo mudou tanto sem nem mesmo sair do lugar (de novo esta velha sensação). É muito comum, quando surge o assunto de faculdade, eu dizer que “me formei agora, no início deste ano”. Este advérbio, agora, não me pertence mais. O agora é da turma de 2008.1 e não mais da de 2007.2.
As amarras que me prendem a este passado ainda tão recente vão a cada dia ficando mais frouxas. Será que eu me darei conta no dia em que elas se soltarem de vez? Deve ser normal o fato de eu ainda me identificar mais com o mundo “estudante” do que com o mundo “profissional”... o primeiro deles tem larga vantagem em número de anos de dedicação. Mas passo a passo, mês a mês, o segundo vai ganhando seu espaço.
Torço pra não perder o pouco do idealismo que ainda me resta, para não me acomodar na prepotência dos que valorizam a pratica em total detrimento ao acadêmico, pra que a velocidade dos acontecimento no atropele a emoção que cabe em cada um deles...
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E, como sempre, meu poeta pop se incumbiu de cantar algo capaz de representar o que estava na minha cabeça no momento em que ela encontrou o travesseiro na noite de sábado...
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