terça-feira, 8 de julho de 2008

Enfrentando um medo

Já era tarde.
Telefone em cima da mesa.
Eu olhando pro telefone.
Coração batendo rápido, quando pulando do peito.

A coragem de ligar ia e voltava mais rápido do que os dedos eram capazes de discar os números.

Em uma mão segurava firme o telefone e na outra o pedaço de papel em que o número estava escrito. Fechei os olhos e revivi alguns dos momentos inesquecíveis que a nossa relação proporcionou.

Como esquecer os seguidos frios no barriga? Aquela sensação de “dessa vez vão vai ter jeito, não vou conseguir” e a outra melhor ainda de ter conseguido superar o desafio. Você sempre me dando uma lição... Quantas pessoas diferentes você me proporcionou ser? Já perdi a conta... de aeromoça a líder de torcida, personagens de cinema, hippie, guitarrista, cigana...

Seria justo pôr novamente tantas expectativas em cima de você? Alguém que já me deu tanto... E se eu não conseguir te acompanhar mais? E se eu não for mais aquela...?

Respirei fundo... disquei o número...

- Academia de Dança, Renata, boa noite!
- (silêncio)
- Alô?
- Oi... Boa noite, Renata... Será que você poderia me dar informações sobre a turma de jazz para adultos?

Um comentário:

Anônimo disse...

=)