domingo, 31 de maio de 2009

O 1º a gente nunca esquece

Esse fim de semana, enquanto arrumava meu armário de sapatos, reuni todos os meus pares de All-Stars. Nem eu sabia que tinha tantos exemplares. Liso, estampado, listrado, de couro, de lona, aberto, fechado...

Foi quando apareceu um tal All-Star roxo... Ah, o meu All-Star roxo!

Sim, meu 1º All-Star.

Lembro exatamente do dia em que o comprei...

Era janeiro de 2001.

Faltavam poucos dias para o Rock in Rio 3 e eu estava louca para ir ao festival. Insisti muito com meus pais e eles estavam irredutíveis. “Você só tem 14 anos e de maneira alguma irá ao Rock in Rio sem um adulto. Se você arrumar um adulto que te leve poderá ir a quantos dias quiser”.

Liguei para tios, pais de amigos, primos mais velhos e no final consegui um adulto responsável para cada um dos 3 dias que eu queria ir.

No dia 8 de janeiro fui ao barrashopping, um dos pontos de venda de ingressos, com a minha mãe. Encaramos a fila e compramos os bilhetes.

Era uma criança feliz e saltitante pelo shopping quando, em uma fração de segundos eu parei. Minha mãe estranhou e perguntou o motivo. Muito séria eu virei pra ela e disse: “Mãe, eu não tenho um All-Star para ir aos shows”. Minha mãe não conseguia entender a relação entre o calçado e os shows que na minha cabeça parecia tão clara. Não parecia adiantar e explicar que era um festival de rock, que o sapato era um ícone de estilo, de atitude. Para ela, a única resposta válida era a de que eu já tinha tênis suficientes em casa.

Depois de muita argumentação eu a convenci de irmos até uma loja para que eu pudesse mostrar como o tal do All-Star era diferente dos tênis que tinha.

E foi só quando ela colocou os olhos naquele par de tênis roxos é que consegui convence-la.

Deve ter sido uma das idas aos shopping mais felizes da minha vida... 3 ingressos para o rock in Rio e meu 1º par de All-Star.

E foi por isso que ao terminar a arrumação do meu armário muitos daqueles pares velhos de All-Star foram embora, mas o meu roxinho continuou lá!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Sobre as minhas cismas

Eu tenho uma tendência a viver histórias que nunca existiram. Coisa de maluco mesmo, eu sei. Continuo namorando mesmo depois do fim de um relacionamento, evoluo a relação com um cara que fiquei a penas uma vez e nunca mais vi, trato meus amores adolescentes como se tivessem acontecido ontem.

Falando assim pode parecer uma coisa doentia... mas não é não. Como diz um amigo meu, isso é sintoma da alma de uma contadora de histórias.

Eu pego personagens reais e, a partir de ponto de um ponto de partida, que normalmente é a última vez que tive contato com a pessoa, continuo criando histórias... Vejo filmes e penso qual seria a reação deles, vejo coisas e imagino como ficaria bem na estante do quarto deles.

Me apego mesmo aos meus personagens.

Ma minha cabeça eles passam por crises, amadurecem, pesam na bola, tudinho, como se fossem pessoas reais.

São pessoas com as quais eu não perdi totalmente o contato, afinal preciso de novos insumos pras minhas fantasias, mas também não são amigos que acompanhem a minha vida. Na maioria das vezes apenas aquele e-mail de dois em dois meses comentando um filme, ou então uma mensagem perdida no meio do dia de trabalho.

Normalmente isso não afeta minha vida. É apenas uma atividade pra fazer no trânsito, nas horas mais ociosas...

Mas, de tempos em tempos, acabo acumulando tantos personagens que preciso me livrar de alguns deles. É como fazer uma limpeza no armário. É necessário para poder caber roupas novas. Não é uma tarefa fácil visto que me apego às histórias e personagens que construo. É quase como se realmente estivesse me despedindo de alguém.

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Semana passada foi uma dessas semanas. Estava me sentindo sufocada pelos meus amigos fantasminhas e me vi obrigada a estudar cada um dos casos pra ver quem sairia de circulação.

Fui enumerando um a um e vendo porque encasquetei com cada um deles.

Uns foram potenciais grandes amores, outros eram personalidades muito ricas, outros e conheci tão pouco que me permitiram criar o que eu quisesse sobre eles.

Como o sono não vinha acabei escrevendo essas coisas ao invés só de pensar sobre elas. No final das contas, em mais um dos meus recentes atos impulsivos, resolvi escrever pra cada um deles o motivo pelo qual ele tinha se tornado um personagem meu.

Só as respostas que recebi deles era suficiente pra me convencer a mante-los no acervo de personagens... Um ficou surpreso e até um pouco assustado, outro ficou lisonjeado, teve o que propôs tentar começar uma história de verdade pra que eu pudesse conferir o quão próximo da realidade era o personagem que criei, e houve ainda o que ficou insuportavelmente metido achando que era com ele que eu estava envolvida e não com a versão dele que eu criei...

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E foi assim, que quase sem querer, me livrei de quase todos eles. Ao me responderem eles estavam sendo reais de mais, reais o suficiente pra perder o encanto que eu tinha criado em cima de cada um deles. Mas que fique claro, só de alguns... ;-)

E agora cá estou eu, com um espação livre, esperando por novos personagens...

Na mosca

Mas quanto a essa eu não tinha a menor dúvida!
Sou do Fã Clube dessa Desperate!
E ai de quem mexer com os meus!

Por essa eu não esperava

Justo o Tommy... Quem diria!
Por mais careta que eu seja esperava pelo menos a Sarah.
Mas podia ter sido pior...

sábado, 23 de maio de 2009

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Decoração


Então, uma mulher se trabalha no mesmo andar que eu decora a baia dela com uma boia de braço de elefantinho azul.
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O mais incrível é que parece que fui a única a char isso um tanto quanto esquisito.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Na próxima encarnação eu quero ser uma menina normal. Dessas que só se preocupa com compras e nem sabe quea bola de futebol é redonda.

À la taxista

Sei que não sou nenhum Ayrton Senna n volante, mas também tenho plena consciência de que não faço feio.
Sou a única mulher pra quem muito dos meus amigos emprestam o carro, Não tenho medo de serras, estradas, escuro, sei estacionar e até fazer baliza... enfim, faço meu papel direitinho.
Eis que dia desses, aconteceu algo que é muito raro, eu estar no volante e meu pai no banco do carona. O percurso que tínhamos pra cumprir era curto, cerca de 3km.
Quando já estamos quase na metade eu pai solta a pérola:
- Filha, você está trocando de marcha que nem taxista.
- O que isso significa, Pai?
- Que você esta perdendo muito giro nas trocas me marcha, principalmente nas marchas baixas.
- E o que eu tenho que fazer pra mudar isso?
- Tenta dar um toquinho no acelerador entre as passagens de marcha.
- Ok, vou tentar.
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Faço umas duas trocas de marcha conforme a vontade do meu Velho e ele parece satisfeito. Quando estou indo virar na rua de casa ele solta:
- Dá mais uma volta na praça filha, quero ver se você aprendeu bem.
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Muito contrariada sigo as ordens de Papy, ganho minha estrelinha dourada de quem não passa marcha que nem taxista e estaciono feliz na garagem de casa.
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Ainda bem que a próxima vez que meu pai vai andar de carro comigo vai demorar mais uns 2 anos...

terça-feira, 19 de maio de 2009

Meio cheio ou meio vazio

Como já disse aqui, rotina não é algo que exista no meu trabalho.

Mal 3 meses se passaram e eu já estou de volta ao Rio, em um novo projeto, em um novo bairro, em um novo escritório.

Ainda não decidi se o dia em que eu sossegar e puder colocar um porta-retrato na mesa vai ser minha redenção ou minha cova.

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Pois nesse meu novo escritório eu sento num

a baia de frente para a janela. E como no Rio nada é 8 ou 80 eu tenho duas opções...

1) Sentar com a postura correta e ter a vista completa, que inclui no pacote a vista da Favela de São Carlos e o Cristo Redentor.

2) Sentar meio que escorregada na cadeira e ver apenas o Cristo Redentor.

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No momento ainda tenho preferido sentar retinha e ficar imaginando como o povo faz pra chegar lá no cucuruco do morro todos os dias, mas já sei que quando as coisas tiverem apertadas de mais aqui no escritório basta dar uma escorregadinha na cadeira e bater um papo com o Cristo.

domingo, 17 de maio de 2009

Coisa de adolescencia

Acho que é uma cisma juvenil, mas pra mim é impossível estar zapeando pela TV, ver que esta passando “Segundas Intenções” e não parar para assistir.
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E acho que essa quote não estava entre as minha preferidas nos idos de 1999, mas hoje acho impossível não achar uma tirada sensacional!

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Kathryn: Can I take my new car for a ride?
Sebastian: Kathryn, the only thing you'll be riding is me.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Triste retrato

Ela gosta dele. Ele sabe.

Ele parece gostar dela. Ou pelo menos foi o que deixou escapar um dia.

Demonstram isso por meias palavras. Fazendo tipo “gente instigante”.

Ele porque assim escolheu desde o início.

Ela porque tem medo de se mostrar demais.

Ambos porque são teimosos.

Se insistissem no contrário, seriam obstinados.

Assim, seguem, sempre com meias palavras.

Tornando o que poderia ser platônico em lacônco

Me jogando

Gostaria de entender porque de uns tempos pra cá eu tenho agido de forma tão impulsiva.
São mensagens, e-mails, atitudes...
Um monte de coisa feita assim, no bate-e-pronto.
Não estou acostumada com esse frio nabarriga que da 5 segundos depois, do tipo "PQP, qe eu fiz?".
Muito menos com a apreensão que da durantes as horas seguintes no melhor estilo "Viu só... não era pra eu ter feito isso. eu sabia, eu sabia".
Cade a velha EU, heim?

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Caixa de Sugestões e Reclamações

A maioria das grandes festas de família acontecem lá em casa. E assim é com o dia das mães. Todos os anos a família do papy, mais a família da mommy, mais os agregados... no final das contas são quase 50 pessoas almoçando lá em casa.
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Fora aquela tradicional neurose materna de “não vai ter comida suficiente”, nós já tiramos essas reuniões familiares de letra, sem grandes transtornos na rotina da casa. Cada um tem sua função. O Pai compra bebida, o irmão o gelo, eu e a mãe cuidamos da comida, e assim as coisas vão se ajeitando.
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Já virou tradição. Pra agrada a criançada da família, fora as sobremesas tradicionais, eu sempre compro picolés. Uva, limão, chocolate... tudo a gosto da molecada. Esse ano não foi diferente. Quando tudo na cozinha estava quase pronto eu dei uma escapada e comprei os picolés.
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Almoço servido, todos satisfeitos. Futebol rolando na TV pro adultos, mulheres conversando na varanda, jovens e crianças envolvidos numa olimpíada familiar de Wii. Tudo na mais perfeita harmonia... até que foi anunciada a sobremesa.
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O picolé que era para as crianças foi parar estranhamente nas mãos do meu tio, do meu padrinho, do meu primo mais velho. Resultado final? Idignação da criançada que ficou sem picolé ou que pode apenas tomar “o sabor que tinha sobrado”.
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Quando no final do dia todos já se arrumavam para ir embora, meu afilhado, um molequinho de 9 anos chama minha mãe e manda a seguinte pérola:
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- Tia, sabe o que eu acho que você devia por aqui na sua casa?
- O que, querido?
- Uma daquelas caixas de sugestão e reclamação. Assim eu ia poder escrever, sem você saber que era eu, que esse ano teve pouco picolé.
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Esse pirralhos de hoje em dia são ou não são o máximo?!
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Agora, independente da caixa de sugestão e reclamação, pro dia dos pais a quantidade de picolés será significativamente aumentada.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Meu George Clooney Particular

Quando recebi o convite de um casamento mês passado, eu devo, não sem culpa, confessar, que mal pensei nos noivos.

A única coisa que pensei é que aquele casal é um dos elos que me une ao homem mais interessante do mundo e que, portanto, este tal homem mais interessante do mundo estaria presente nas festividades do casório.

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Antes, cabe aqui explicar, que ele é sim o homem mais interessante do mundo, mas que nem por isso eu quero ter um relacionamento com ele. Por que? Por que ele tem 50 anos e eu 22. Ok, temos casos de relacionamentos com grandes diferenças de idade que deram certo, mas não é o caso. Queremos coisas bem diferentes da vida. E também, tenho certeza que o convívio diário faria com que ele deixasse de ser o homem mais interessante do mundo rapidamente.

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O que faz dele o homem mais interessante do mundo? Bem, um cara de 50 anos, solteirão convicto, grisalho, corpo em dia, super charmoso, muitíssimo bem sucedido na vida profissional, dono de um barco e profundo conhecedor dos mares, toca piano e gaita divinamente, bom de papo... quase uma versão sul-americana e real do George Clooney.

E sei que ele gosta da minha companhia também. Temos alguns elos que nos unem socialmente e já estivemos juntos em alguns passeios de barco, em algumas viagens ao litoral, em algumas noites de muito riso, música e vinho. Sim, o cara é isso tudo.

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Recebi o convite e só conseguia pensar: “Eu tenho que estar divina nesta festa. Quero ver ele olhar pra mim e dar aquele sorriso que só ele sabe dar”.

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E assim começou a saga da escolha do vestido, dos acessórios, do penteado, do sapato... E chegou o dia do casamento. Eu, modéstia à parte, estava deslumbrante. E se não estava, estava me sentindo assim, que no fundo é o que realmente importa.

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Assisti a cerimônia na igreja e não o vi por lá... mas realmente cerimônias religiosas não são do seu feitio. Entrei no salão da festa com o meu acompanhante à tira colo, demos um pequeno giro para cumprimentar as pessoas conhecidas e sentamos em uma mesa mais recolhida.

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Deixei a poeira baixar um pouco e me retirei da mesa dizendo que iria ao toilet. Comecei a andar lentamente, percorrendo cada milímetro do salão com os olhos. Depois de uns minutos e alguma inquietação o encontrei conversando com um grupo de amigos. Ao me ver ele abre aquele sorriso enorme (ponto!) e vem andando na minha direção. Me elogia, diz o quão linda eu estou, eleva me ego às alturas, e pede que eu o acompanhe para ele me apresentar aos seus amigos.

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O papo era alguma coisa desinteressante, algo como qual o melhor carro para se comprar no momento. Meu George Clooney interrompeu a conversa e pediu a vez. “Apresento a Vocês a J., garanto a vocês sem a menor sombra de dúvidas que é a mulher mais interessante da festa”. Se é que isso era possível, meu ego subiu ainda mais. Fiquei ali naquele papo chato mais alguns minutos antes de pedir licença e retornar a minha mesa, ao meu acompanhante e à vida real. Quando pedi licença pra me retirar, um dos amigos soltou a seguinte pérola. “cara, você estava certo, ela é encantadora, só que é uma menina e não uma mulher”.

.Todos riram, o Geroge Clooney piscou pra mim, como um tio faz com uma sobrinha ao da-la permissão para sair, e minha volta a realidade foi mais rápida do que eu esperava... =P

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Borboletinhas

Sabe aquele friozinho na barriga que dá quando algo muito bacana está para acontecer?
A-DO-RO!

Direto do estádio

Com um pouco de atraso...

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Histórias da decisão do campeonato carioca...

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Ainda no 1º jogo da final, sentei ao lado de duas mulheres (que mais tarde descobri esposas de pessoas da comissão técnica do Flamengo) e suas filhinhas. As meninas não tinham mais de 4 anos... Lindas, todas fantasiadas de rubro e negro.

O jogo estava morno e difícil de prender a atenção. Se pra mim estava assim, imagine para as meninas... mas justo elas foram a solução para o meu tédio. Reparei que elas não paravam de olhar pra mim enquanto cantava as músicas da torcida. Foi a deixa. Uma sentou no braço da minha cadeira, a outra ficou em pé na cadeira ao lado e assim fiquei uns bons 15 minutos ensinando a elas todas as músicas da torcida do flamengo. Quando a música tinha palavrão, uma virava pra outra e dizia “essa não pode, né... tem palavra que o papai não deixa”. Uma graça!

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Já no 2º jogo, sentou ao meu lado uma família de Recifenses flamenguistas que viajaram para o Rio só para ver o jogo. Aproveitaram a ocasião para levar o filho caçula, de 5 anos, para o estádio pela primeira vez. Via-se na cara do menino que ela não dava a mínima pra futebol. Quando o Flamengo fez o segundo gol o menino virou-se para o irmão mais velho e disse: “ fazer gol é muito bom, mas também deve ser muito ruim”. Diante da cara de incompreensão do irmão o menino continuou “o gol é maneiro, mas depois vem todo mundo te bater, pular em cima d você, nada a ver isso”. Pude ver de longe o mais velho querendo fuzilar o pequeno com os olhos.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Cabelo

A única coisa que sinto falta do meu cabelo comprido é de poder fazer aquele famoso "coque" que na verdade é um nó... acho super prático e charmoso...
Em compensação meu rabinho de cavalo cotoco é muito mais legal!

Pronto, falei...

Quinta-feira, véspera de feriado, tempo frio no Rio de Janeiro e um convite tentador: “E aí, prima, vai fazer o que hoje? Vamos tomar um chopp?”.
Pois sentei com esse primo (e grande amigo) antes das 21h e quando olhamos no relógio eram 2:30 da manhã e ainda estávamos tagarelando e virando copos.
Bêbados. Muito bêbados. Ainda bem que estávamos a uma distância andável da minha casa.
Entre um milhão de assuntos conversados, os dois dividiam uma inquietação. A de estar sozinho.
Não sinto, e aqui abandono o plural deixando as opiniões do meu primo a cargo dele, falta de beijo na boca e sexo, isso não seria difícil de arranjar se eu quisesse.
Eu sinto falta é de companhia mesmo. Alguém pra fazer tudo e nada juntos, que sirva de motivo pra eu sair eu pra eu ficar em casa, que divida o vinho, a cerveja e os planos, sendo eles mirabolantes ou não.
Não, eu não mudei tanto assim. Continuo lutando pela minha independência, valorizando muito meu trabalho, traçando metas ambiciosas e lutando para alcança-las. Acontece que eu acho que seria bacana ter alguém acompanhando isso comigo. Alguém com quem aprender e para quem ensinar. Sei lá... to careta. Careta e carente. Combinação perigosa...
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E pra você que está curtindo uma fossa, seja por que levou um pé na bunda, seja por que esta sozinho, segue o link de uma lista bacaninha feita pelo site Music Mix. As 50 melhores músicas de fossa de todos os tempos. Divirta-se!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Família

Uma parte da minha família sempre morou fora do país. Eles, todos os anos, voltavam ao Rio para a temporada de natal e ano novo fazendo com que esses 10 dias fossem os mais esperados do ano. A reunião dos primos.

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Depois de 16 anos fora do país, aos 26 de idade, minha prima, e uma das minhas melhores amigas, resolveu passar um ano na sua terra natal.

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Recebi a notícia com muita alegria, afinal tê-la pertinho de mim era mais do que um sonho, mas ao mesmo tempo fui tomada de uma grande preocupação. Fiquei com medo dela achar que a vida em família era aquela harmonia que ela via 10 dias por ano e não estivesse preparada para o que vinha pela frente. Uma semana antes dela chegar ao Rio escrevi um e-mail o qual reproduzo um pedaço aqui:

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“...hoje ela ta voltando pra casa... Eu não sou mais a criancinha de 4 anos que ela deixou... de lá, já se passaram 16 anos! Junto com a minha enorme felicidade me sinto um pouco na obrigação de falar sobre o que vem pela frente. Não que você não saiba, mas enfim...

Família é maravilhoso! É a coisa mais valiosa que nós temos! Disso tudo nós duas já sabemos. Mas família é muito difícil! Conviver em família é uma arte complicada. Arte essa, que nos meus 20 anos, ainda estou desenvolvendo.

Aceitar o mau-humor de cada um independente do seu próprio humor. Saber que mesmo você tendo ficado puto com alguma coisa você vai encontrar aquela pessoa em uma semana e que o melhor a fazer, na maioria das vezes, é passar por cima.

Que nossos avós não têm mais a força das histórias que nos fazem rir tanto quando lembramos da nossa infância... e que hoje em dia, um abraço mais forte pode até machucá-los. Mas que, independente da força física, eles nos amam como sempre e que, mais do que nunca, precisam de nós.

Que não temos que nos harmonizar apenas com 4, ou 5 dentro das nossas próprias casas... e sim com 25 ou 30 que compõe nossa família mais próxima...

Que por mais que nos amemos e que tenhamos princípios e educação semelhantes cada casa é infinitamente diferente da outra... Que uns farão coisas inacreditáveis no nosso ponto de vista, mas que não poderemos fazer nada quanto a isso...

Que ter quase toda família morando a menos de 3km de distância pode ser a melhor e a pior coisa do mundo ao mesmo tempo. E que, mesmo a distância sendo mínima, se você não procurar, só estará com a família em festas e aniversários. E será chocante ver que nesses quase dois meses que você ficou sem ver a caçula, por exemplo, ela já esta comprando roupas na mesma loja que você!

Mas que mesmo com tudo isso (ou será por conta disso tudo?), com todos os defeitos que temos, formamos uma família maravilhosa. Que todas as dificuldades que enfrentamos pra manter a harmonia entre os núcleos familiares valem a pena quando sabemos que em cada uma daquelas pessoas encontramos conforto quando procuramos. Que cada um a sua maneira se preocupa e seria capaz de coisas incríveis por nós.”

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Lembro que ao chegar no Rio ela me abraçou emocionada, dizendo ter ficado muito tocada com o e-mail. De lá pra cá se passaram 2 anos e meio e hoje fui eu quem precisou recorrer às próprias palavras.

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Quem me conhece, um pouco que seja, sabe como a minha família é a coisa mais importante da minha vida. Que eu não consigo ficar 10 minutos sem citar uma história do meu irmão, ou dos meus pais... Mas como essa harmonia familiar é difícil! Tem os avós, os tios, os primos, e existem assuntos comuns que precisam ser discutidos e acordado por todos. Entram em questão coisas referentes a poder, orgulho, hierarquia familiar... Meus Deus, que equilíbrio complexo! Só peço que eu tenha forças pra estar sempre lá, ao lado dos meus pais...

domingo, 3 de maio de 2009

Mudanças

Resultado de um sábado de inquietação: cinco dedos a menos no comprimento do meu cabelo. Até o momento estou adorando!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Pseudo Frio

Definitivamente eu não sei me vestir no pseudo frio do Rio de Janeiro.
Acho que nada que não seja "praiano" combina com essa cidade.
Qualquer gola mais alta ou bota me parecem exagerado...
Mas eu to no Rio... e tá frio...
Aí que coisa difícil...

Sombra

Através do Twitter de um amigo encontrei este site. É o Flickr oficial da Casa Branca. Site com dezenas e dezenas de fotos do presidente mais popular do mundo e da rotina daquela casa.
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Até agora minha foto preferida foi essa aqui. Se ela foi uma foto realmente natural e não posada, fico me perguntando no que é que o Obama estaria pensando ao jogar essa bolinha pra cima e pra baixo...
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Mas ao olhar as fotos fiquei pensando em uma coisa, ou melhor, em duas...
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Primeiro, deve ser esquisita a vida fotógrafo da Casa Branca... andar pra cima e pra baixo atrás de um cara tentando tirar fotos diferentes, olhando através de frestas de portas e janelas abertas... sempre o mesmo cenário, sempre o mesmo figurino... sei lá, deve ser entediante.
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Segundo, caraça, como alguém se candidata a presidência de um país por livre e espontânea vontade? Que inferno ter um fotógrafo no seu calcanhar o dia inteiro!