Desde pequenininha fui “destemida”... Nunca tive nem os medos mais aceitáveis socialmente como o de escuro, de altura, de ficar sozinha... Lembro na nossa primeira visita à Terra do Mickey que os únicos brinquedos que me faziam chorar eram os que eu era barrada por causa da minha altura... E continuei sendo assim... Sempre que tinha algo um pouquinho mais emocionante eu era a primeira da fila... Como é boa a sensação de friozinho na barriga...
A primeira vez que lembro ter sentido medo foi quando fui brincar em uma versão mais light de Bungee Jump... Devia ter uns 16 anos. Quando avistei o brinquedo não tive dúvidas de que queria brincar, mas ao mesmo tempo um medo enorme tomou conta de mim... Fiquei num impasse enorme... Mandei o medo não sei pra onde e me joguei de novo na adrenalina! Como foi bom...
Mas recentemente tive a mesma sensação quando estava prestes a fazer um vôo de parapente em Florianópolis... Depois de convencer uns amigos a irem comigo, fazer toda a trilha pra chegar no alto do morro que serviria como plataforma do pulo e vestir todo o equipamento... tive medo. Ainda bem que não dava mais tempo pra nada pois em menos de um minuto já estava voando feliz da vida!
Certa vez, conversando com um amigo sobre essa e outras coisas ele disse que eu era extremamente medrosa, e que isso era muito bom... A única diferença é que eu usava o lado positivo do medo. Este tal lado positivo seria racionalizar antes de correr os riscos... Por estar assustada supostamente pensaria nos diversos fatores e em como trabalha-los para que eu pudesse realmente me divertir e não me machucar... Segundo ele, eu de forma alguma fazia o tipo destemida... Fazia sim o tipo que não se deixa dominar pelo medo.
Eu adorei essa “definição” e tomei ela como verdade pra mim.
Essa semana quase “pus tudo a perder”... Meus amigos resolveram marcar uma bateria de kart... Apesar de assistir as corridas do meu irmão desde pequena eu jamais havia corrido. O único problema é que o programa foi marcado com uma antecedência enorme... o que me deu muito mais tempo do que eu queria para morrer de medo da brincadeira.
Por muito pouco, mas por muito pouco mesmo eu não fiquei em casa ou mesmo só na torcida... E eu só pensava comigo mesma... como eu vou me olhar no espelho amanhã sabendo que não tive coragem pra correr num simples kart com os meus amigos?! E essa pergunta ficou me martelando, martelando, martelando... e quando eu vi já estava de macacão virando a terceira volta da corrida.
Adorei... não só a brincadeira (que é divertidíssima!!!) mas saber que eu continua a mesma! A mesma medrosa sem medos...!
Um comentário:
Teste!
Salut Jongleuse!
Baisers
Spectateur
Postar um comentário