Definitivamente eu não estava no fim de semana certo pra ver 15 episódios de Sex and the City. Pensando bem... que mulher (como eu odeio o uso deste “gênero” como título) solteira está pronta pra isso?!
Eu sei que, diferente do quarteto, estou longe dos meus 30 e muitos... Sei também que passa longe (pelo menos) do meu futuro próximo os planos de casamento ou constituir família...
Mas...
É impossível não se fazer milhões de questões... Não digo sobre se vou ficar sozinha ou não, se terei que abrir mão do meu trabalho, se trocarei uma criança por um cachorro... O ponto em que eu me prendi esse final de semana foi na tal “pessoa certa”
Em 15 episódios acompanhei: um advogado careca, um modelo garotão freqüentador do AA, um RP cinquentão, um médico esportivo negão, um fã de esportes meio nerd, um escritor mal resolvido, um paciente de uma clinica psiquiátrica, um artista plástico russo e o típico galã perfeito.
Tirando o tal RP, acho que eu estaria suscetível a me envolver com qualquer um desses caras. De verdade. Mas se você fizer a matriz e cruzar um com o outro eles terão poucas características comuns... como isso é possível?
Alguns deles fazem o tipo amante perfeito. Com eles sua vida jamais seria monótona... aventura, sexo, mistério. Outros fazem mais o tipo companheiro perfeito. Cumplicidade, companheirismo, amor burguês.
Por que é tão difícil sabermos o que queremos pra nossa vida?!
Aquele cara “perfeito”, fofo, que toda a sua família adoraria, que iria jantar sexta a noite com seus pais realmente achando que para aquele programa ficar perfeito bastaria um cineminha... ou o sedutor que fugiria do compromisso sério escancarado, mas te desafiaria e te intrigaria cada dia um pouco mais?!
É... a velha luta clichê entre o amor e a paixão... Entre a confiança e a sedução...
Eu não sei o que eu quero aos 20 anos... mas acho que é mais aceitável do que não saber o que se quer aos 38... Mas nem por isso o assunto deixa de me fazer pensar.
Chega a ser engraçado... minha criação de menina certinha de classe média do Rio de Janeiro me faz querer encontrar um namorado tão burguês quanto eu, com uma família tão aparentemente perfeita como a minha... Alguém com quem em um ano estaria discutindo como faríamos pra estarmos no natal das duas famílias... com quem eu passaria muitos finais de semana rindo com os amigos, indo ao cinema, viajando pra casa na serra... Alguém que quando fosse a hora viajaria comigo sobre casamento, filhos... e que concretizaria todas essas viagens. Uma companhia, no melhor sentido da palavra... tanto pra jogos no maracanã quanto pra seriados na TV... Pra filmes cabeça ou pro chocolate quente...
Mas tem uma parte de mim que acha isso tudo tão careta... tão monótono... tão sem graça. Tem uma parte de mim que enjoaria desta vida rapidinho e que só de pensar em vivê-la fica nervosa e angustiada... seria como escolher a prisão por opção! Não! Uma parte de mim fica aflita só de pensar em “para sempre”.
Digo, repito e realmente acredito nisso: qualquer tipo de relacionamento é um jogo de trocas... você tem que abrir mão de algumas coisas para ganhar outras. Mas... e se você for egoísta?!
Eu poderia continuar aqui por horas e horas, parágrafos e mais parágrafos... mas na verdade o que eu queria agora era fazer o tipo que não racionaliza tanto e deixa as coisas acontecerem!
2 comentários:
Eu menti... foram 18 espisódio =P
As vezes paro pra pensar como foi q agente se deu bem por tanto tempo com tanta diferenca em idade.
Mas ai, vc escreve isso... e eu entendo.
Great minds think alike... and differently and alike and differently... who cares! At least they are great minds!! Haha!!
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