segunda-feira, 13 de julho de 2009

RC 50 anos - Eu fui

Pois então... eu fui no show do Roberto Carlos.

Entre as quase 70mil pessoas que estiveram no Maracanã este sábado, eu eram uma delas.

Eu fui levando a minha avó, mas mesmo que ela não quisesse ir eu teria estado lá.

A verdade é que eu nunca gostei do Roberto Carlos... Por sinal, da trinca de “reis” brasileiros (Xuxa, Pele e Roberto Carlos), pra mim, nenhum se salva. É a velha máxima de “cada povo tem os reis que merece”.

Lembro que quando pequena era um sofrimento assistir ao especial de fim de ano com a minha avó. Só não era pior porque com os primos reunidos sempre saia alguma besteira, como os mil planos que tínhamos para conseguir ver a perna mecânica dele.

Mas a culpa não é minha... A época de Roberto Carlos que conheci foi uma época em que ele cantava sobre “Mulheres de óculos”, “Mulheres gordinhas”, “Mulheres de 40”. Todas música iguais, mudando apenas o refrão. Fora que eu sempre amei performances, e aquele cara cantando estático no palco, com aquele cabelo de Chitãozinho, e aquele bater de palmas esquisito sempre me irritou.

Até que conheci um certo rapaz.... Sempre os rapazes... Este em especial amava as músicas do Roberto Carlos. E foi com ele que conheci as grandes pérolas compostas e interpretadas por RC. Foi este rapaz que me mostrou que ele era mais do que aquelas músicas lançadas como justificativa para um CD novo a cada natal. E por mais que as melodias por muitas vezes me parecessem repetitivas ou simplórias não havia como negar que o cara era um poeta.

Por isso quando soube do show no Maracanã disse na mesma hora que estaria lá. Daria a chance para que o tal “rei” me conquistasse.

Fui ao show. Gostei do que vi. Me emocionei com a emoção da minha avó. Me diverti com o público vestido de gala em um ambiente usualmente freqüentado por “ogros”. Mas ainda não consigo entender como alguém com tão pouco carisma pode ter virado rei. Ele não se reinventa, ele não surpreende, ele fica sempre no previsível, e ainda pior, ele tem uma péssima dicção. Com a entrada do Erasmo Carlos no palco tudo isso ficou ainda mais gritante.

Mas sim, eu fui ao show e eu gostei do show. Sabia todas as músicas, bati palmas, cantei de olhos fechados e ri de forma cúmplice para os outros jovens que se sentiam deslocados naquele Maracanã da terceira idade. O talento e a riqueza destes 50 anos de careira de RC são inegáveis, mas tenho que confessar que ele não conquistou mais uma súdita.

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