E foi quando o meu telefone tocou e eu ouvi a voz dele. A voz que eu fiquei sem ouvir por 5 anos, 7 meses e 16 dias.
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“Era você mesma?” Ele me perguntou. A voz dele estava ainda mais melódica do que eu lembrava e a sensação era como se eu tivesse voltando no tempo. Como se estivéssemos retomando uma conversa que esteve suspensa por apenas alguns minutos.
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“Sim”, eu respondi.
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“Então”, ele disse, “você continua com o mesmo número de telefone”.
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Aí, depois de um considerável silêncio, um silêncio que eu me recusei a quebrar, ele completou: “É, acho que tem coisas que nunca mudam”.
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“Sim”, eu disse de novo..
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Porque por mais que eu não quisesse assumir, ele estava certo mais uma vez.
2 comentários:
Nossa, tem mais coisa dita nas entrelinhas do que se possa imaginar.... muito bacana!
Bota entrelinhas nisso.
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