Quando eu era mais nova, a coisa mais importante da minha vida era a posição em que estaria o palco durante as coreografias montadas para os shows da companhia de dança.
Não se engane. A disputa era feroz.
Não bastava o meio. Tinha que ser o meio da primeira fila.
Havia também a seqüência de entrada, e as mudanças de posição no palco. O destaque em cada um desses momentos era, literalmente, disputado com muito suor.
O grupo que brigava por essas melhores posições não era muito grande. Éramos entre 6 e 7. 2 dessas eram (são!) grandes amigas, pra quem eu não ficava mito chateada de perder, as restantes eram competidoras leais, que com os anos de convivência ganharam meu carinho... mas tinha uma em especial... Essa eu nunca engoli. Perder pra ela era o fim do meu mundo. E arrisco dizer que a recíproca era verdadeira.
Hoje essa menina se tornou uma esportista profissional em uma modalidade que em nada lembra a dança. Ganha títulos e mais títulos internacionais e eu até aprendi a torcer por ela. Passei a acompanhar um esporte que nem gosto muito só pra saber por onde ela anda.
Mas uma partezinha de mim ainda acha que aquelas disputas pelo meio da primeira fila ainda existem. Semana passada ela foi tri-campeã mundial. Adivinha o nome da vice-campeã? O mesmo que o meu! A coisa só pode ser pessoal!
Ok, eu posso até confessar que fico admirada com o sucesso e todos os resultados que ela vem conquistando... mas é mais forte que eu ficar feliz com os pequenos deslizes da sua vida pública. Hoje fiquei rindo como se tivesse ganhando todas as posições de destaque no palco. Infantilidade a minha, né? Fazer o que...
Um comentário:
boaaaaaaaa
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