sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Inquietação

O que determina a chagada do momento em que você passa a olhar para a mão de toda pessoa que você conhece para checar se ali há uma aliança?

De olhos fechados...

Hoje me pediram pra quebrar um galho pro gerentão lá do escritório. Fui lá toda solicita, com a cara mais confiável que eu fui capaz de fazer me colocar a disposição do cidadão.
Depois de uma breve conversa de apresentação ele foi direto dizendo no que eu poderia ajudá-lo. Me deu uma apresentação que está sendo desenvolvida para um cliente e falou o seguinte:

G - Preciso que nos slides sobre metodologia você enquadre os gráficos e esquemas à realidade do cliente. Mas tem um porém. Você não pode ler a apresentação

Eu – Como assim?

G – Esse é uma proposta muito sigilosa. Ela terá um impacto muito grande no mercado de ações, inclusive. Como você não está incluída no termo de confidencialidade do projeto, preciso que você adeque a nossa metodologia a apresentação sem lê-la.

Eu - ...

G – Vai lá! Confio em você!

Eu – Obrigada pelo apoio.



Bacana isso, né. Algo me diz que terei um pouco de dificuldades nessa tarefa.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Das grandes arrumações

Quanto sentimento é possível guardar em papéis?
Muito mais do que jamais imaginei.
Como todo encerramento de ciclo, hoje fiz faxina no meu quarto. Foi limpeza das grandes. Entulhos acumulados nos últimos 4 anos passaram pelo crivo de “lixo X mais dois anos de gaveta”.
E quanta coisa encontrei folheando as agendas dos anos anteriores, as palavras escritas nos rodapés dos cadernos, as conversar de MSN impressas...
Como é possível?
Deve ser por isso que fico tanto tempo sem fazer grandes arrumações no meu quarto, o turbilhão de emoções que encontrei ali...
Vi uma menina ansiosa e afobada que muitas vezes meteu o pé pelas mãos, vi uma profissional que mesmo engatinhando já pode se orgulhar de algumas conquistas, me deparei com um amadurecimento que já podia até ser esperado, mas que quando constatado diante do espelho chega a doer.
O quanto se pode trabalhar sem embrutecer? O quanto se pode amar sem sofrer? Por quanto tempo se pode andar sem se perder? O quanto é possível crescer sem perder de vista quem se pretende ser?
Espero que MUITO.
Na próxima faxina quero ter a certeza que não economizei no terninho, nos lenços ou na sola dos sapatos.
Quero, de novo, a sensação de que vivi!

Carta a "X"

Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 2008. 22:15h.

Me responde só uma coisa: você também tem a nítida sensação de que perdemos o timing e que deixamos de viver algo que poderia ter sido ótimo?
Não. Não quero, de forma alguma, reviver essa história, não me entenda mal, seguimos nossos caminhos e, ao que tudo indica, foram ótimas escolhas. Mas por que será que perdemos a deixa?
Vai entender o caminho que as coisas tomam.
Estranhando eu estar ressurgindo com tudo isso hoje? Permita-me uma breve (e desnecessária) explicação. Hoje eu fui arrumar meu quarto, faxina das grandes, pra liberar espaço dentre as infindáveis pilhas de papéis acumuladas nos últimos 4 anos. Encontrei a carta que fiz que te dar no natal de 2005, carta essa que nunca te foi entregue. Uma longa (longa!) colagem com trechos das nossas conversas por MSN. Me diz, como não se apaixonar? Como era gostoso! A descoberta das semelhanças e coincidências, a antecipação das palavras um do outro, a atenção e carinho despendidos por ambas as partes. É inegável o afeto que tínhamos um pelo outro.
Foi uma pena a coisa ter acontecido da forma que foi. Demoramos tempo de mais. Quer prova maior do que o fato de termos precisado estar bêbados pra deixar rolar naquele domingo (grande Ivo!)? E nem me darei ao trabalho de comentar tudo o que aconteceu depois disso.
No meu balanço de conclusão de faculdade, “nossa história”, e me permita aposentar as aspas daqui pra frente, entra como uma das mais ternas, e ao mesmo tempo uma das que mais deixou a dever. Um valor que, provavelmente, jamais voltaremos a cobrar um do outro. Que assim seja!
Espero que na minha próxima faxina eu não me depare com possíveis amores não vividos, é uma sensação predominantemente triste. Mas que ao mesmo tempo, encontre personagens tão ricos quanto os que fomos.

Não sei que reação esperar de você depois de ler tudo isso. Pra ser honesta acho que não espero reação nenhuma. Só queria que você soubesse que acabei de redescobrir o afeto que um dia senti por você e que agora tenho certeza do por que escolhi guardá-lo ao invés de qualquer possível desavença.
Um ano especial pra você, menino.
Me promete que vai tentar ser (ainda mais) feliz?
Você merece, e precisa, disso.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Um outro primeiro dia

Eu não só tenho que trabalhar amanha como eu tenho que trabalhar 8 horas...

Eu que nunca tenho problemas pra dormir estou aqui, enrolando na cama... será que eu estou ansiosa por amanhã?