domingo, 28 de setembro de 2008

Miles Original Soundtrack

Passeando pelos blogs da vida encontrei um joguinho engraçado.

Solte seu iTunes do shuffle e veja quais músicas ele escolhe para uma série de momentos chaves da sua vida. Uma trilha sonora aleatória para o filme da sua vida!

Fora ser um desses joguinhos bobos que por si só eu já adoro, o medo do meu iTunes com mais de 30Gb indo do axé ao clássico me deixou ainda mais curiosa para ver o resultado.

Vamos ser o que o Mestre Shuffle reserva para mim:

* Créditos iniciais – "Wishing I Was There” – Natalie Imbruglia
Um início de filme com um grande potencial de ser uma comédia romântica. Pelos versos Don`t say you love me / Dont say you need me / I really dont think thats fair eu diria que é uma comedia romantica mais realista do que a maioria.

* Acordando - "Existem coisas da vida” – Ney Matogrosso
Acordando com a certeza que existem coisas na vida das quais até Deus duvida. É uma boa certeza.

* Primeiro dia de aula – "Understand” – Joss Stone
Ja chegando na escolinha cheia de atitude. Quase como dizendo pro amiguinhos não se enganem com essas bochechas fofas.

* Se apaixonando – "I Get A Kick Out Of You” – Jamie Cullum
Por que as vezes os amores são platônicos

* Música da briga - "Scar Tissue”- Red hot Chilli Peppers
Excelente. Sem comentários. Parabéns, Mestre Shuffle.

* Terminando tudo – "Balada do Amor Inabalável” – Skank
Mestre Shuffle nunca falha. Essa é uma das verdade da minha vida! É um término com classe. Terminamos mas respeitamos nossa história. Da deixa pra eventuais revivals.

* Aproveitando a vida - "Crazy” – Seal
Não da pra acertar todas, né...

* Formatura - "Play The Funky Music White Boy” – James Brown
Com certeza um hit para a festa de formatura! Vamos lá, moleque, me mostre do que você é capaz!

* Noite de sexo – "Umar Linda Mulher” – Mamonas Assassinas
Do seu jeito, não deixa de ser uma declaração de amor! Ta, música para sexo altamente alcoolizado... Só se for.

* Caindo aos pedaços - "Night and Day” – Bebel Gilberto
Na fossa sim, mas com estilo.

* Dirigindo – "Music” – Madonna
Mais uma multa por excesso de velocidade à vista.

* Flashback – "Indios” – Legião Urbana
Flashback triste e cheio de rancor.

* Reatando o namoro - "When Mermaids Cry” – Eagle Eye Cherry
Não resistindo ao canto do “sereio”, cá estamos nós de novo.

* Casamento – "Give It To Me” – Nelly Furtado e Timbaland
E daí que eu vou casar com um funky dude do Broklyn? Fico me perguntando que igreja aceitaria essa bela musica na cerimônia.

* A véspera da Guerra - "I'll Cover You” – RENT Soundtrack
Nada como ir pra guerra sabendo que terá gente para te cobrir. Força e melancolia na medida certa!

* Batalha Final – "All Around Me” – Savage Garden
A batalha final saiu um pouco mais romântica e cheesy do que o imaginado no roteiro original.

* Momento de Triunfo - "Love Song” – Korn
O mestre shuffle nunca nos enganou que este não seria um filme de amor... Triunfando com a força do Korn, por que não?

* Cena da morte - "I Want to Hold Your Hand” – The Beatles
Ok, meio mórbido isso! Até onde eu sei os fantasmas voltavam para puxar pés e não dar as mão... Acho que ninguém ia querer me dar a mão na cena da morte.

* Créditos Finais – "Casa Um Da Vila” – Mart'nália
Por que se tratando da minha vida tudo vai sempre acabar em samba!

Super Hero

Sempre tive um lado super-heroína meio inrustida, porém em todos esses anos eu tinha conesguido manter esta identidade sob sigilo.
Contudo, esta semana esta sendo exaustivamente divulgado este vídeo da "Super Jamie"... Tenho que confessar, sabe... até acho que fiquei bem nas imagens!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Reeditando

Rio de Janeiro, 15 de janeiro de 2006.
Tem dias que a gente simplesmente acordou pra filosofar. Falar de amor, de paixão, de dor, de ciúmes, de amizade, de alegrias, de poesia, de música, enfim... qualquer assunto trazido à tona é motivo de pensamentos os mais variados e viajantes.
Hoje eu acordei assim. E agora, às 4h52 da manhã, do alto da minha insônia escrevo essas palavras tão imprecisas, tão vazias perto de tudo que passa pela minha cabeça nesse momento. Uma vontade de gritar, de fazer loucuras, de sair pra andar na praia, de encher a cara sozinha, de recitar palavras de amor, de ligar pra alguém, só pra bater papo, de chorar, de rir... nossa, falando assim pareço uma esquizofrênica!
Bem que esses momentos de criatividade produtiva poderiam vir mais vezes, afinal, quem não gosta de se sentir extremamente pensante?
É incrível, mas nessas horas a gente sente que pode refletir sobre tudo, que qualquer pensamento ou poesia fazem sentido, que tudo a nossa volta se encaixa... enfim, um milagre da natureza. Que Freud me explique!
Dentre tantas coisas, uma específica me vem perfurando as idéias, que é a de como é bom se sentir vivo. Ter vontades, desejos, inseguranças, medos, amores... como é bom ser complexo! Ouvir uma música e ver a poesia nela flutuar, ver uma foto e se emocionar, ser sugada pelos pensamentos como o pólen, ser soprada para as emoções como a brasa.
Ah, agora me recordo o que causou tudo isso: hoje assisti mais uma vez “Cinema Paradiso”. Esse filme sempre me deixa sem palavras. A humanidade, a ferocidade, a pureza, a leveza e a complexidade da vida são traduzidos de forma belíssima (sem nenhum trocadilho com a novela) em duas simples horas. Duas horas que poderiam ser cinco. A vontade que dá é de fazer um filme do filme; uma versão feita em uma nova tecnologia que nos permitisse vê-lo a qualquer hora e em qualquer lugar. Isso para não serem perdidas passagens por causa dessa nossa tal memória seletiva, ou digamos, sobrecarregada com tanta porcaria e estresse.
Chorei, claro. E bastante. Como não chorava desde novembro. Há uma espécie de inconsciente coletivo naquelas frases, que são capazes de tocar até um cubo de gelo. Sempre impressionante. Não preciso dizer mais nada: assista, por favor. É um bem que você faz a si mesmo.
Ao terminar o filme, discutindo com um amigo meu, vi o quanto a arte é individual. Ela só pode te acrescentar algo se você a deixar, se você encará-la como algo a ser pensado, refletido. Do contrário, ela se desfaz, vira entretenimento gratuito. E daí a ida ao teatro ou a cinema terá se tornado apenas mais um programa de domingo. Portanto, pense, reflita, argumente, opine, morra e renasça por dentro, mas nunca, nunca, deixe a arte passar incólume.
O que uma montagem feita de cenas censuradas significa pra você? Pornografia, como era pro padre? Lixo, como um dia foi pra mãe do Totó? Ou o reencontro com a vida e seus sentimentos mais puros? Não existe resposta certa... Só o que a arte desperta em cada um...

Would you light my candlle?

Ainda me pergunto o porquê daquele musical ter mexido tanto comigo. À época eu era uma menina de 14 anos e a história daquele grupo de amigos tinha tudo pra chocar a defensora da moral e dos bons costumes que eu um dia fui.

Vai ver foi exatamente isso... Aquele grupo de New Yorkers tinha mais motivos pra sofrer do que a superficialidade da minha vida burguesa jamais permitiria alcançar e eles lutavam com uma força igualmente incompatível ao meu conto de fadas.


Viciados em heroína, homossexuais, frustrados, pobres, soro-positivos... Combinação que obviamente garante à história momentos tristes como os cantados em “Life Support” ou em “another day”... Tristes sim, negatuvos nunca. O lema “NO DAY BUT TODAY” me soa muito mais revolucionário que um “carpe diem”.

Mais do que jovens românticos que enfrentam seus pais, os personagens de Rent enfrentam a vida e seus desafios mais baixos. Em um dos momentos mais bonitos da história um personagem secundário canta “Will I?” questionando se um dia perderá sua dignidade e se alguém se importará com isso... no meio do desabafo diz que sua sentença era ter morrido há 3 anos.

No fim, a iluminada Drag Angel proporciona um dos momentos mais lindos...

Pára! Não quero fazer uma resenha da peça!

Acho que o turbilhão de emoções desta semana deve ser conseqüência de ter visto esse filme pela "enésima" vez

Amor de irmão

Foi algum dia essa semana, não lembro exatamente quando. Estava voltando do trabalho, no transito, quando me peguei pensando no dia em que fui me inscrever no vestibular.

Nessa ocasião eu estava ansiosa, era o primeiro passo pra eu conseguir estudar naquele lugar que eu tanto queria. Na época meu irmão era aluno da PUC e minha mãe combinou que ele me acompanharia até o lugar certinho das inscrições.

Saltei na porta da faculdade e fomos andando até o departamento de inscrições. Quando cheguei lá todos os amigos deles estavam na fila guardando lugar pra mim. Pessoas que na época eu pouco tinha intimidade e que hoje fazem parte da minha vida!

Era sem dúvida a pessoa mais “popular” da fila de inscrição! Todos torciam pra eu marcar ADM ao invés de COM para ser caloura deles. Não mudei minha idéia e o “X” foi feito na caixinha de Comunicação. Mesmo assim a festa que eles estavam fazendo por mim não diminuiu.

Não lembro mais muita coisa desse dia. Acho que desde então nunca mais tinha pensado nisso ou relembrado esta data.

No dia seguinte de ter lembrado desta história, estava novamente no carro indo pro trabalho e comentei isso com o meu irmão, de que tinha lembrado do dia da inscrição na PUC. Mais surpresa do que eu fiquei quando me peguei lembrando deste dia, fiquei com a felicidade do meu irmão em ver que aquele dia e o fato dele ter reunido os amigos dele para me darem força tinha sido especial pra mim.

E deve ser por pensar em me fazer feliz em todo e qualquer pequeno detalhe que amo meu irmão mais do que qualquer coisa ou pessoa neste mundo!