Quase me peguei cometendo o erro de intitular este post de “inversão de papéis”... Seria um deturpação terrível dos fatos... uma falha em meu favor que, neste caso, nuca estive realmente por cima.
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Era o encontro dos diferentes... “o menino do mato” com a “pequena executiva”, o “deixa a vida me levar” com a “encontro com hora marcada”. Era uma constante descoberta... Uma viagem.
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A camisa social e o sapato de bico fino me confiavam um ar de dona da razão enquanto sua bermuda larga e a camisa de flanela o faziam parecer apenas mais um dos pseudo-flaneurs da faculdade.
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No papel, que ironicamente era a nossa prática, as coisas nunca foram bem assim. Aquele menino, com voz de locutor de rádio, sempre na sua simplicidade me deixava no chinelo. Mas só eu estava competindo. Ele, fascinando.
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Quando nossa prática virou prática e saímos do papel foi assim também. Querendo impressionar com línguas, histórias e viagens fui surpreendida por simplicidade.
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Mesmo depois de me ouvir surtar, sua educação e polidez nunca diminuíram. Em resposta ao meu ataque tive cordialidade. Me fez sentir ainda mais culpada.
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A etapa seguinte foi um certo hiato de convivência. Nesse tempo meu salto quebrou e meus pés se viram mais fixos no chão. Uma certa vergonha apareceu e com ela a vontade de consertar algumas besteiras.
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E não é que, de novo, tive como resposta uma receptividade que não esperaria de outra pessoa se não dele? Mas aí devo ter errado no ritmo, desafinado. Não... acho que não pensei qual a melodia que eu queria antes de começar o show...
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O mais recente episódio desta história foi o xeque-mate. Bem a maneira dele... simples, educado e discreto. Enquanto a sala esteve escura, uma luz fria iluminava o seu rosto. A posição superior foi metaforicamente representada. Ele nunca precisou de roupa social e estava lá. No alto. E não só fisicamente.
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Como o anjo que sempre vi por trás dos cachos loiros e olhos verdes ele estava lá: competente e intocável. A simplicidade de sempre, a distância merecida.
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Me pus no meu lugar e aplaudi. Pra quem visse de fora palmas apenas para o espetáculo. Mas foi mais que isso. Foi minha chance de sem precisar usar palavras o aplaudir olhando pra cima. Respeito, admiração e despedida.
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A cortina dos dois espetáculos se fecharam.
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Era o encontro dos diferentes... “o menino do mato” com a “pequena executiva”, o “deixa a vida me levar” com a “encontro com hora marcada”. Era uma constante descoberta... Uma viagem.
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A camisa social e o sapato de bico fino me confiavam um ar de dona da razão enquanto sua bermuda larga e a camisa de flanela o faziam parecer apenas mais um dos pseudo-flaneurs da faculdade.
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No papel, que ironicamente era a nossa prática, as coisas nunca foram bem assim. Aquele menino, com voz de locutor de rádio, sempre na sua simplicidade me deixava no chinelo. Mas só eu estava competindo. Ele, fascinando.
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Quando nossa prática virou prática e saímos do papel foi assim também. Querendo impressionar com línguas, histórias e viagens fui surpreendida por simplicidade.
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Mesmo depois de me ouvir surtar, sua educação e polidez nunca diminuíram. Em resposta ao meu ataque tive cordialidade. Me fez sentir ainda mais culpada.
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A etapa seguinte foi um certo hiato de convivência. Nesse tempo meu salto quebrou e meus pés se viram mais fixos no chão. Uma certa vergonha apareceu e com ela a vontade de consertar algumas besteiras.
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E não é que, de novo, tive como resposta uma receptividade que não esperaria de outra pessoa se não dele? Mas aí devo ter errado no ritmo, desafinado. Não... acho que não pensei qual a melodia que eu queria antes de começar o show...
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O mais recente episódio desta história foi o xeque-mate. Bem a maneira dele... simples, educado e discreto. Enquanto a sala esteve escura, uma luz fria iluminava o seu rosto. A posição superior foi metaforicamente representada. Ele nunca precisou de roupa social e estava lá. No alto. E não só fisicamente.
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Como o anjo que sempre vi por trás dos cachos loiros e olhos verdes ele estava lá: competente e intocável. A simplicidade de sempre, a distância merecida.
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Me pus no meu lugar e aplaudi. Pra quem visse de fora palmas apenas para o espetáculo. Mas foi mais que isso. Foi minha chance de sem precisar usar palavras o aplaudir olhando pra cima. Respeito, admiração e despedida.
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A cortina dos dois espetáculos se fecharam.
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