Um circo onde o palhaço e o mágico... o equilibrista e o domador... A bailarina e o malabarista... todos são vividos pela mesma pessoa...
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
A Troca
Recomendo.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Do começo
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
Semelhança
Estou chocado como a EU de hoje é parecida com a EU de 6, 7 anos.
E não estou falando fisicamente.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Dando tchau
A cena era triste.
Depois de pouco mais de dois anos de relacionamento, os dois estavam sentados naquela sala mal iluminada, já descrentes de encontrar uma saída.
A conversa ali era quase protocolar. Não houve briga, não houve traição, não havia motivo para raiva... Mas também não havia mais paixão.
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A conversa durou uns 40 minutos. Tempo no qual não houve alteração de ânimos ou nos tons de voz.
Nesse ínterim, a palavra falta foi citada 32 vezes, a expressão boas lembranças (e suas variáveis bons momentos, boas recordações, boas histórias, entre outras) apareceu 18. Frases relacionadas ao medo do futuro foram usadas apenas 4 vezes (3 por ele e só uma por ela). De relevante apareceram também os nomes dos locais por onde o casal viajou neste tempo (Itaipava e Búzios foram citadas duas vezes cada, Disney teve 4 citações, enquanto as cidades gregas e italianas somaram 12 aparições).
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No mais o clima da conversa era de uma melancolia consentida por ambas as partes.
Ela chorava. Não era um choro de soluço. Talvez o mais correto fosse dizer que lágrimas escorriam dos seus olhos.
Foi nesse momento que ela pediu um minuto e saiu da sala.
Ele ficou sem entender muito bem. Não sabia se ela ia ligar pra uma amiga, se ia pra cozinha quebrar uns copos ou se procurava um pouco de privacidade pro seu choro.
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Em cinco minutos ela retornou, com o rosto limpo e os olhos inchados levemente disfarçados pela maquiagem. Não esperou nem terminar o trajeto até o sofá quando lançou:
- Vamos sair? Tomar uma cerveja?
Ele não precisou dizer uma palavra pra que ela sacasse que ele não tinha entendido aquela atitude.
- Eu não vou deixar que um período maravilhoso da minha vida acabe em lágrimas. Fomos muito felizes, vivemos e crescemos muito. É o fim de um ciclo, e pra que possamos receber o próximo de braços abertos não podemos estar de cabeça baixa. Vamos sentar, beber, agradecer pelo nosso encontro e por tudo que vivemos. Assim o fechamento desse ciclo vai ser exatamente o que ele foi: feliz.
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Aquela atitude pegou ele totalmente de surpresa. Mas ele não podia negar que fazia sentido. Só pediu que não fosse naquele boteco no qual já eram chamados pelo nome. Ele escolheu um bar relativamente novo, numa distancia andável da casa dele, pra evitar a situação desconfortável que seria o carro. Nesse bar eles haviam estado apenas uma vez e em menos de quinze minutos os dois já estavam sentados à mesa.
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Eram, sem a menor sombra de dúvidas, os goles de cerveja mais amargos da vida dos dois. Os primeiros desceram até com certa dificuldade. O papo demorou a começar a fluir com naturalidade, mas a cerveja foi ajudando... Foi uma longa noite de lembranças, elogios sinceros e pouquíssimo rancor.
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Tudo acabou num abraço apertado e foi combinado que não haveria divisão de discos ou filmes. Cada um seguiria sua vida com o que o destino quis que estivesse na sua casa naquele dia.
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Até onde soube, os dois estão bem.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
terça-feira, 6 de julho de 2010
Enxame
Amiga 1– Então, como está o Fulaninho?
Amiga 2 – Ah, eu meio que botei o fulaninho em hold, muito complicado. Não tava funcionando. Mas sabe com quem eu saí na semana passada?
1 – Quem?
2 – Com o Beltrano, aquele amigo da Paula, lembra?
1 – Claro! Sei quem é... não sabia que vocês estavam de rolo. Mas e aquele carinha do seu prédio?
2 – Estamos naquele de flerte de elevador... Por enquanto está divertido.
1 – Que isso, heim, amiga! Ta com mel!
2 – Pode até ser... o mel atraiu um monte de abelhas, mas pica que é bom... nada! Nenhuma pica!
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Retrospectiva - 23 anos
quinta-feira, 3 de junho de 2010
terça-feira, 1 de junho de 2010
Lado A ou lado B
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Negação
Negar o óbvio dá muito trabalho.
Exige uma dose de auto-engano e um poder de persuasão própria sobrenatural.
Negar o óbvio dá muito trabalho.
Exige criatividade nos argumentos e em alguns casos o esquecimento do bom senso.
Negar o óbvio dá muito trabalho.
Às vezes é a melhor estratégia de defesa, outras o caminho de fuga mais fácil.
Não importa qual a razão, negar o óbvio dá muito trabalho.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Gostosa
Ela ainda tentava conter o sorriso que insistia em aparecer na boca quando ele lança:
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_ Você é muito gostosa.
_ Muito. Sou quase uma Angelina Jolie, não sabia, não?
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Ah, que petulância! Um cara como ele usar um adjetivo (por que, não, isso não é um elogio) tão chulo quanto esse numa noite que estava sendo tão fantástica!
Ele percebeu a ironia na voz dela e continuou...
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_Você não me entendeu. Não quis dizer gostosa no sentido dessas boazudas. To falando gostosa de boa mesmo. Não tem uma parte do teu corpo que não seja macia e cheirosa, não tem um toque seu que não resulte numa descarga elétrica. Estar com você é uma delícia. Foi isso que eu quis dizer com gostosa.
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A respiração dela a esta altura já estava mais calma. E dessa vez ela não se esforçou pra esconder o sorriso que apareceu no seu rosto.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Não sabe brincar...
Eu sei que o meu telefonema soou estranho. Depois da nossa ultima conversa, eu te ligar no início da noite, em um dia de semana, horário que sei que você está trabalhando... Ainda mais pra perguntar algo tão banal como o nome de um restaurante.
Eu sei, também, que você sacou que aquele não era o real motivo do telefonema. O seu silêncio não seguido de uma despedida ao dar-me a resposta deixou isso claro. Quem se apressou dando a desculpa que tinha um guarda no cruzamento à frente fui eu.
Eu tava, pra variar, com o iPod no shuffle quando começou a tocar uma música do Leoni. O refrão dizia “porque eles nunca tiveram nem vão ter nada como eu você”. Essa música nunca foi nossa, e acho pouco provável, até, que você a conheça, mas aquilo na hora me fez todo o sentido do mundo e eu queria te falar isso.
Fiquei com vergonha, sabe como é, música de garotinha... Mas já diria o Lulu, o rei do pop de amor, que “as canções mais tolas, tendo seus defeitos, sabem diagnosticar o que vai no peito”.
Mas quando eu ouvi o “Oi” do outro lado da linha a coragem de falar de Lulu e Leoni evaporaram e tudo que me veio a mente foi te perguntar o nome daquele restaurante. Restaurante esse que eu não tenho a menor intenção de ir.
E, quer saber? A própria música do Leoni era uma desculpa. Eu queria mesmo era dizer que eu achei a resposta para algumas das suas perguntas. O negócio é o seguinte... Eu desci pro play e não sabia brincar. Achei que ia te enganar, afinal todos os jogos de pique são iguais, mas a brincadeira que você propôs era mais complicada, tinha muitas nuances e o risco, caso eu perdesse, me parecia muito alto.
Agora não tem mais como eu pegar o elevador e voltar pra segurança do meu casulo. Agora eu já fui apresentada às regras da brincadeira... Ainda da tempo de sugerir esconde-esconde?
domingo, 4 de abril de 2010
Onde mora o seu coração?
_ Claro que não. É apenas sexo! Nào há sentimento envolvido.
_ Com certeza! Por que você é a garota sem sentimentos! Acorda! Seu coração mora na sua vagina!
_ Claro que não! Até parece! Eu juro que dessa vez não.
_ Ta bom... eu acredito. Boa sorte!
_ E pra que fique registrado, meuc oração não mora na minha vagina!
(Greys Anatomy, 6a temporada, episódio 16. Dialogo entre as irmãs Gray... God bless a roteirista desta série... Por que ouvir isso na TV ;e bem mais fácil do que ter uma irmã ou amiga realmente tendo que te dizer isso)
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Seu olhar vidrado no meu sorriso e o meu nas suas pintinhas.
Vidrados. Foi como nos sentimos durante aqueles dias.
O mundo foi esvaziado por um tempo... Os outros 6 bilhões de terráqueos foram postos em hold para que pudéssemos viver a nossa história.
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Nós a vivemos. Ela foi linda, intensa, quente... Ela foi.
E hoje tento me acostumar com a ideia de que não tenho essas sensações ao meu alcance. Quando me bate a dúvida se teu ombro esquerdo tinha 13 ou 15 pintas (eu tenho certeza que era um número ímpar) me dói não poder tirar a dúvida. Sempre que visto aquela saia de babados branca e aquela blusa rosa eu paro na frente do espelho na esperança que você saia pela porta do banheiro e repita o elogio mais doce e sincero que já ouvi na minha vida.
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O futuro à Deus pertence, isso é o que eu mais escuto atualmente. E algo me faz sentir que ele será cuidadoso com uma história bonita como essa...
Opções
Eles não resolviam que tipo de relação teriam. Ora a amizade prevalecia, ora o tesão falava mais alto...
Certa vez, se encontraram no final do expediente na estação do metro, e enquanto esperavam o trem chegar ele disse:
- Nossa, tem uma mulher La no escritório que é muito gostosa.
- Sério? Como ela é?
- Um mulherão... perna grossa, sempre de saia justa... um peitão que com certeza é silicone, mas que deixa a blusa social esticada na área do botão... Passo o dia todo imaginando a hora que o botão vai voar longe e aquele peitão vai pular pra fora da camisa.
- Nossa, pelo visto a atração está evoluída, você já tem até fantasias com ela, já... Quão grande é o peito dela?
- Maior que o seu!
- E você gosta dela?
- Ela pode ser uma excelente segunda opção.