sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dia de shopping

Ontem decidi que era dia de me mimar um pouco. Parti para o shopping disposta a comprar coisinhas para mim. Estava tão disposta a me mimar que nem coloquei limite de valor. Iria comprar algo que me agradasse.
E lá fui eu.
Minha ideia inicial era comprar blusas que tivesses cara de inverno sem serem muito quentes. Sabe como é, é inverno mas eu moro no Rio. Ideia inicial mal sucedida. Ou as lojas vendem casacos ou vendem blusas de lã. Coisas com apenas um toque invernal não existem.
A ideia seguinte foi comprar sapatos fechados para o trabalho. Depois de experimentar alguns exemplares, uma raiva tomou conta do meu ser. Eu não trabalho para gastar o meu salário comprando coisas para ir trabalhar (pensamento idiota visto que vou voltar lá qualquer dia desses pois realmente preciso de novos sapatos para trabahar). Ou seja, mais uma ideia abortada.
A terceira tentativa de me agradar foi comprando cadernos bonitos. Entrei na minha “papelaria” preferida e... consegui comprar apenas um caderno. Nunca tinha saído de lá com menos de 3.
Mas pelo menos eu já estava carregando uma sacola. Melhor que nada.
A ideia que eu tive em seguida foi de renovar meu estoque de lingeries apresentáveis. Com isso quero dizer modelos que não sejam aquelas maravilhas de algodão ou sem costura, que para determinadas ocasiões demasiadamente sem graça, mas que reinam no meu dia a dia.
Eu não gosto de calcinhas sexies ou cheias de rendas, sou sempre a favor do conforto, mas acho que você pode usar coisas bonitinhas sem ter que abrir mão disso. Lá fui eu para a primeira loja... mas parece que eu esqueci de um pequeno detalhe: era véspera do dia dos namorados.
Fora os modelos dominantes nas lojas serem os ultra rendados, vermelhos, de estampas animais e afins, existia um sem número de homens nessas lojas. Não homens sozinhos procurando um presente, mas homem acompanhando a mulher na escolha da peça. (Sou só eu que acho isso extremamente esquisito?). Teve uma mulher que precisou dar um passa fora no namorado/marido com a seguinte pérola: “Querido, parece até que você nunca reparou no tamanho da minha bunda, um troço desse não fica no meu quadril nem por decreto presidencial. Se eu tentar vestir um modelo como esse teremos uma noite de horrores e não de sexo.”
Depois de rir um bocado, rumei para a única loja que sei que jamais me deixa na mão. Fui pra Fnac. Comprei livros apenas pela capa, comprei CDs de artistas que desconheço, ouvi um vendedor recomendando os mais diferentes CDs para os diferentes tipos de parceiros apresentados a ele...
E assim voltei pra casa.
Sem as roupas novas que queria, mas cheia de potenciais boas companhias cantadas e escritas para os próximos dias.

3 comentários:

Lu. disse...

Eu sempre me estresso quando decido comprar calcinhas apresentáveis, afinal, é capaz d'eu ter uma alergia por causa da quantidade absurda de renda que colocam na pobre peça. E tigrinhos não me agradam, apesar de, confesso, ter uma. Alguém tem que ceder.

Mas essa da "noite de horrores" foi fantástica. E eu também não entendo porque escolher a calcinha junto, se o legal é a surpresa.

maria disse...

Hahahaha, você é ótima! Realmente, essa coisa da lingerie é papo pra mais de metro... e no fim, nem todos os homens ligam pra isso. Enfim...

Na tarde do dia 12 eu também fui resolver um detalhe técnico numa ótica em Curitiba, e preferi ir pro shopping que era o comércio mais perto de onde eu estava. Quase perdi o juízo na Fnac. Mas lembrei do peso que ia ter de trazer de volta (claro que os livros que eu gostei eram uns enormes, um do Klimt, um de Pin-ups, um de arte moderna e um de ensino de geografia com globo e tudo pra minha irmã), e acabei deixando o dinheiro na conta...

Anônimo disse...

ainda nao saquei se ser romântico é bom ou ruim...